Um relatório do site especializado CyberNews aponta que mais de 3,5 milhões de câmeras de videomonitoramento no Brasil, China, EUA, Rússia, Índia, México e Coreia do Sul estão completamente desprotegidas e podem ser espionadas por qualquer um.
A única barreira para acessar as imagens de quase 710 mil câmeras é a senha padrão de um fornecedor, que pode ser facilmente burlada. O acesso a outras 21 mil câmeras sequer precisa de autenticação.
Os pesquisadores identificaram que 96,4% das marcas de câmeras em análise têm produtos que funcionam com uma senha padrão ou sem nenhuma chave de acesso. Entre elas estão grandes fabricantes como Hikvision, Toshiba, HIPCam, Cisco e Linksys.
No entanto, os produtos mais recentes dessas marcas estão programados – seja por modelo ou software – a forçar os usuários a definir uma senha ou gerar uma única aleatoriamente.
Aparelhos antigos, porém, funcionam normalmente sem a chave de acesso. O mesmo levantamento realizado em 2021 mostrou que só 5,3% das câmeras de videomonitoramento exigiam a definição de uma senha para funcionar.
A descoberta levantou o alerta sobre espionagem online. Como todas as câmeras têm conexão à internet, há risco de terceiros – potencialmente mal-intencionados – acessarem os sistemas.
Com um monitoramento 24/7, pessoas podem ter acesso aos dispositivos ao vivo e captar dados pessoais e confidenciais de milhares de pessoas que circulam em espaços públicos ao longo do dia. Outro risco é usar as câmeras como um ponto vulnerável da rede.