5 coisas que ainda não sabemos sobre os dinossauros

Quais eram as cores dos dinossauros? Eles tinham hábitos noturnos? Como acasalavam? Essas são algumas das questões ainda confusas para a paleontologia
Dinossauros
Imagem: Jon Butterworth/Unsplash/Reprodução

Todos os anos, pesquisadores revelam cerca de 50 novas espécies de dinossauros. Os fósseis ajudam os cientistas a responder questões sobre o comportamento do animal e sua fisiologia, embora existam questões que permanecem misteriosas até os dias de hoje.

Podemos começar falando sobre as cores dos dinossauros. Há casos em que o tecido mole do fóssil é preservado, permitindo aos paleontólogos analisar as células da pele e inferir a cor com base em comparações com o que temos hoje para aves e répteis. Mas a quantidade de amostra é pouco representativa para definir toda uma espécie.

Outra opção é olhar para os outros animais que dividiram espaço com os dinossauros. Se eles apresentam determinados padrões de camuflagem, é comum que os dinos tenham seguido pelo mesmo caminho. Animais filogeneticamente relacionados também podem dar dicas sobre os reis do passado. 

Mas tais análises, em suma, são feitas a partir de chutes. Sabemos que a maioria dos jacarés são verdes, mas chegamos tarde demais para afirmar que os dinossauros eram marrons, por exemplo.

O comportamento dos dinos também é um mistério. Acredita-se que a maior parte das espécies vagava durante a luz do dia, mas havia algum dinossauro com comportamentos noturnos?

Parece que sim. Cientistas encontraram fósseis de um dino similar a coruja que recebeu o nome de Shuvuuia deserti. O animal parece ter uma ótima visão noturna e audição sensível, o que deve tê-lo ajudado a caçar insetos e pequenos mamíferos durante a noite.

Para chegar a tais conclusões, paleontólogos usam como base o anel escleral e os ossos ao redor da pupila de cada espécie. Basicamente, quanto maior a entrada de luz permitida pelo olho do animal, maior a chance dele ter hábitos noturnos. Ficaremos na expectativa para que mais dinossauros como este sejam revelados.

Outra questão é referente ao acasalamento dos dinossauros. Estes animais se reproduziram de alguma forma, mas o mecanismo envolvido no ato nunca foi descoberto. 

Pesquisadores acreditam que o animal possuía uma cloaca, um único orifício para os tratos urinário, excretor e reprodutivo, assim como pássaros e crocodilos. Também acredita-se que o macho contava com um pênis semelhante ao de patos e avestruzes. O jeito é esperar surgir um fóssil do momento do acasalamento para elucidar as questões por trás do ato.

Você também já deve ter se perguntado por que tantos dinossauros foram extintos. Sim, o asteroide mudou o clima da Terra e devastou a espécie, mas como outros mamíferos e plantas sobreviveram e estes gigantes não?

A extinção em massa é confusa, mas talvez fosse inevitável. Estudos recentes sugerem que os dinossauros já estavam em declínio antes do asteroide, que pode ter servido apenas como um ponto final.

E, infelizmente, seguiremos com muitas dúvidas. Muitos dinossauros se desenvolveram em ilhas vulcânicas e distantes, evoluindo sob condições incomuns. 

Mas esses ambientes são terríveis para a formação de fósseis, o que significa que há espécies que jamais serão descobertas. Consequentemente, grande parte dos mistérios dos dinossauros seguirão indecifráveis. A paleontologia é um quebra-cabeça que sempre ficará sem a última peça.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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