A Microsoft deve vender os direitos de streaming de jogos da Activision Blizzard para a Ubisoft. A medida faz parte de uma série de esforços para convencer os reguladores de mercado do Reino Unido a aprovarem a maior aquisição da história dos games — a compra da Activision Blizzard.
The Ubisoft+ lineup is expanding!
We're excited to announce a new agreement that will bring Activision Blizzard games to Ubisoft+ via streaming upon the completion of Microsoft’s acquisition of Activision Blizzard!
We’ll also be licensing the games to a range of cloud streaming… pic.twitter.com/sZTnEFJedC
— Ubisoft (@Ubisoft) August 22, 2023
“Temos o prazer de anunciar um novo contrato que trará os jogos da Activision Blizzard para a Ubisoft+ via streaming após a conclusão da aquisição da Activision Blizzard! Também estaremos licenciando os jogos para uma variedade de serviços de assinatura e streaming na nuvem”, disse a Microsoft.
De acordo com o presidente da Microsoft, Brad Smith, a empresa está reformulando o acordo, que na prática impedirá a empresa de lançar games em nuvem exclusivamente no Xbox Cloud Gaming, atendendo as principais preocupações da CMA (Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido).
Assim, a publisher francesa poderá disponibilizar jogos atuais e futuros da Activision Blizzard em seu catálogo de streaming por um período de 15 anos. Se a compra da empresa for aprovada, o acordo valerá globalmente, exceto na União Europeia, que já aprovou a versão anterior da proposta de aquisição.
A CMA bloqueou o negócio em abril deste ano por preocupações em relação ao segmento de jogos em nuvem. E só concordou em voltar a negociar após a justiça americana emitir uma decisão favorável à Microsoft em uma processo movido pela Comissão Federal de Comércio dos EUA, que pedia a paralisação do negócio.
O prazo limite para a finalização do acordo também foi estendido em três meses e agora se encerra em 18 de outubro. A Microsoft anunciou a aquisição da Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões, mas desde então enfrentou uma dura resistência de concorrentes e de entidades reguladoras.
O motivo é que, segundo os reguladores, essa compra poderia se configurar uma prática anticompetitiva, concentrando a maior parte do mercado de jogos em nuvem em apenas uma empresa.
No entanto, nos últimos meses, a empresa conseguiu costurar alguns acordos com algumas empresas do segmento, incluindo a Sony, sua principal concorrente no mercado de games, e agora consegue enxergar com maior otimismo um final feliz para o conturbado processo de compra.