Activision Blizzard: Microsoft venderá direitos de streaming de jogos para Ubisoft

Medida é tentativa de convencer autoridades do Reino Unido a aprovarem a aquisição, vista como uma prática anticompetitiva
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Imagem: Thomas Hawk/Flickr/Reprodução

A Microsoft deve vender os direitos de streaming de jogos da Activision Blizzard para a Ubisoft. A medida faz parte de uma série de esforços para convencer os reguladores de mercado do Reino Unido a aprovarem a maior aquisição da história dos games — a compra da Activision Blizzard.

“Temos o prazer de anunciar um novo contrato que trará os jogos da Activision Blizzard para a Ubisoft+ via streaming após a conclusão da aquisição da Activision Blizzard! Também estaremos licenciando os jogos para uma variedade de serviços de assinatura e streaming na nuvem”, disse a Microsoft.

De acordo com o presidente da Microsoft, Brad Smith, a empresa está reformulando o acordo, que na prática impedirá a empresa de lançar games em nuvem exclusivamente no Xbox Cloud Gaming, atendendo as principais preocupações da CMA (Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido).

Assim, a publisher francesa poderá disponibilizar jogos atuais e futuros da Activision Blizzard em seu catálogo de streaming por um período de 15 anos. Se a compra da empresa for aprovada, o acordo valerá globalmente, exceto na União Europeia, que já aprovou a versão anterior da proposta de aquisição.

A CMA bloqueou o negócio em abril deste ano por preocupações em relação ao segmento de jogos em nuvem. E só concordou em voltar a negociar após a justiça americana emitir uma decisão favorável à Microsoft em uma processo movido pela Comissão Federal de Comércio dos EUA, que pedia a paralisação do negócio.

O prazo limite para a finalização do acordo também foi estendido em três meses e agora se encerra em 18 de outubro. A Microsoft anunciou a aquisição da Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões, mas desde então enfrentou uma dura resistência de concorrentes e de entidades reguladoras.

O motivo é que, segundo os reguladores, essa compra poderia se configurar uma prática anticompetitiva, concentrando a maior parte do mercado de jogos em nuvem em apenas uma empresa.

No entanto, nos últimos meses, a empresa conseguiu costurar alguns acordos com algumas empresas do segmento, incluindo a Sony, sua principal concorrente no mercado de games, e agora consegue enxergar com maior otimismo um final feliz para o conturbado processo de compra.

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Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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