O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer modernizar o transporte presidencial, e considera trocar o atual “Aerolula”, um Airbus A319-ACJ, por um Airbus A330-200.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a Presidência da República pediu à Força Aérea Brasileira (FAB) para encontrar um avião mais moderno para ser o novo “Aerolula”.
Na segunda-feira (11), a FAB, em resposta ao pedido presidencial, identificou um Airbus A330-200 usado, com registro em nome de uma empresa de leasing suíça, para ser o novo “Aerolula”.
O Airbus A330-200, conhecido por sua ampla autonomia de 13,5 mil quilômetros de voo e capacidade de acomodar mais de cem poltronas semi-leito, oferece uma experiência de voo mais luxuosa.
A aeronave também é famosa pelo seu design aerodinâmico, janelas maiores que permitem uma vista panorâmica e um sistema avançado de controle de climatização que mantém o ar fresco e renovado.
Além disso, esse possível novo “Aerolula” conta com suíte para casal, escritório pessoal e sala de reunião.
Brasil já possui dois Airbus A330-200
Em 2022, após a crise de falta de oxigênio em Manaus em 2021 durante a pandemia de Covid-19, a FAB adquiriu dois Airbus A330-200.
Posteriormente, a FAB converteu esses A330-200 em aeronaves de uso múltiplo, adaptados tanto para transporte quanto para reabastecimento em voo. No entanto, converter um dos Airbus A330-200 em um novo “Aerolula” foi descartada devido aos custos e necessidades operacionais da FAB.
Os principais obstáculos foram os custos elevados para adaptar o Airbus ao padrão presidencial e a necessidade da FAB em manter esses aviões para reabastecimento em voo de seus caças, bem como para deslocamentos rápidos e missões de socorro médico.
Assim, o Airbus A330-200 usado se tornou uma opção para atender às necessidades do presidente e da primeira-dama.
No entanto, a decisão de compra, que tem um custo estimado de US$ 80 milhões (quase R$ 400 milhões pela cotação atual), tem seus críticos. A oposição considera a compra um exagero devido à situação econômica do Brasil. A Presidência, no entanto, ainda não confirmou a decisão sobre o Airbus A330-200 ser o novo “Aerolula”.