Amazon inicia testes de entregas com robozinho que anda pelas calçadas

Uma das apostas mais certeiras que alguém pode fazer para o futuro é a automatização de entregas de encomendas. A Amazon planeja usar drones há anos, mas até agora eles não se mostraram nada práticas e seguro. A última iniciativa da companhia nesse sentido é o robozinho Scout, que navega sozinho por calçadas para entregar […]
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Uma das apostas mais certeiras que alguém pode fazer para o futuro é a automatização de entregas de encomendas. A Amazon planeja usar drones há anos, mas até agora eles não se mostraram nada práticas e seguro. A última iniciativa da companhia nesse sentido é o robozinho Scout, que navega sozinho por calçadas para entregar compras.

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A Amazon descreve que ele tem o tamanho de um pequeno cooler, tem seis rodas e anda pelas calçadas em velocidade de caminhada. Seis Scouts começarão a entregar alguns pacotes no condado de Snohomish, em Washington, de segunda a sexta-feira enquanto estiver claro. Pelo menos no início, um humano o acompanhará para assegurar que ele não fique preso em postes e “navegue de forma segura junto com pets, pedestres e qualquer outra coisa que apareça no caminho”.

Em termos de logística, o robô tem o potencial de reduzir os custos de entrega. Não é como se o Scout fosse sair do centro de distribuição e caminhar até as casas das pessoas, substituindo os entregadores humanos por completo. A ideia é que, no futuro, eles saiam em um caminhão até o centro de um bairro e a partir dali percorram as ruas, eliminando o trabalho de estacionar o carro diversas vezes e fazer com que uma pessoa leve a caixa até a casa.

O caminho para a utilização desses robôs na calçada não deve ser tão livre, como aponta a Wired. Primeiro, há desafios técnicos: ao contrário dos carros autônomos, que se baseiam em ambientes mais estruturados, as calçadas costumam ser mais caóticas (não tem mão e semáforo, por exemplo). Além disso, os robôs precisarão atravessar em faixas de pedestres de vez em quando.

Outros desafios incluem algumas limitações para as próprias entregas: pelo vídeo de demonstração, alguém terá que pegar a encomenda de dentro do robô. E se não tiver ninguém em casa? E talvez seja necessário incluir um PIN para evitar extravios. Por fim, o robôzinho não consegue abrir portões e subir escadas para chegar até a porta.

A Amazon não é a primeira a experimentar entregas desse tipo. Uma startup estoniana chamada Starship Technologies já fez alguns testes e o robô tinha um design muito similar ao da Amazon. Uma startup de São Francisco, chamada Marble, fez entregas para o Yelp Eat24 em 2017.

Após essas experiências, algumas cidades já começaram a pensar em regulamentações – para evitar acidentes, trânsito de robôs, entre outros problemas. San Francisco chegou a restringir o uso das máquinas no final de 2017, exigindo a emissão de uma autorização e testes em bairros mais calmos.

Pelo menos essa solução parece menos complicada e perigosa do que os drones.

[Wired, Amazon]

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