Antenas Starlink são apreendidas em garimpo ilegal na Amazônia
Em uma operação para combate ao garimpo ilegal em território Yanomami, agentes da Polícia Rodoviária Federal e Ibama apreendenram duas antenas Starlink, empresa provedora de internet do bilionário Elon Musk. De acordo com as autoridades, as antenas eram utilizadas para a coordenação de ações e alertar sobre operações policiais. Há a suspeita de que mais antenas foram levadas para a floresta.
Não é a primeira vez que equipamentos da empresa foram apreendidos em garimpos ilegais. Desde que a empresa começou a operar no Brasil, em 2022, a utilização da internet da Starlink por criminosos em áreas isoladas tornou-se muito comum.
O principal motivo para a popularização do uso da tecnologia da empresa de Musk é a facilidade de instalação. Antes, para ter conexão de internet nos locais, a logística era bem mais complicada — e, quase sempre, demandava o transporte de técnicos especializados em instalação até os locais isolados por aviões.
Além das antenas foram apreendidos mercúrio, ouro, armas e munições. Os agentes foram recebidos a tiros, mas não há informações sobre o número de feridos ou mortos no confronto. Integrantes do GEF (Grupo Especial de Fiscalização do Ibama) e GRR (Grupo de Resposta Rápida da Polícia Rodoviária Federal) destruíram geradores, barcaças de mineração e outros equipamentos utilizados pelos criminosos.
Starlink promete levar tecnologia a locais isolados
A Starlink utiliza tecnologia de satélites de baixa órbita para levar internet a locais isolados ou que sofreram com fenômenos naturais. Após uma erupção vulcânica destruir cabos submarinos de internet no arquipélago de Tonga, por exemplo, a empresa enviou satélites para restabelecer a conexão nas ilhas mais populosas até o fim dos reparos no cabeamento subaquático.
O serviço da companhia também foi oferecido à Ucrânia, que teve sua infraestrutura de comunicações atacada por forças russas.
No Brasil, a empresa chegou a apresentar uma proposta de levar internet à escolas em pontos isolados da Amazônia. Um acordo formal nunca chegou a ser assinado e apenas três escolas receberam o serviço durante um período de testes que deve durar 12 meses.