Antirressaca: cientistas criam gel que não deixa você ficar bêbado
Cientistas do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, desenvolveram um gel revolucionário que promete evitar a ressaca. A substância, à base de proteínas do leite e nanopartículas de ouro e ferro, tem a capacidade de neutralizar os efeitos do álcool no organismo. Mas há um porém: o gel também impede que você fique bêbado.
Funciona da seguinte forma: ele atua diretamente no trato digestivo, quebrando o álcool em ácido acético antes que ele alcance a corrente sanguínea.
Dessa forma, o fígado não precisa passar pela etapa tóxica do acetaldeído, responsável pelos sintomas da ressaca. No entanto, como o álcool só faz efeito após entrar na circulação sanguínea, o gel impede que você fique embriagado.
Embora a impossibilidade de ficar bêbado possa ser vista como uma desvantagem, há situações em que isso pode ser útil. Por exemplo, para quem aprecia o sabor de drinks, vinhos e cervejas, mas não deseja os efeitos alcoólicos, o gel é uma alternativa.
Além disso, pessoas com intolerância genética ao acetaldeído, mais comum em algumas populações do leste da Ásia, podem se beneficiar dessa tecnologia.
Os pesquisadores realizaram os testes iniciais em ratos, com resultados promissores. Agora, resta saber se essa inovação chegará às prateleiras e se será adotada por aqueles que buscam curtir a vida sem os incômodos da ressaca. A pesquisa foi publicada na revista Nature Nanotechnology.
Além do gel antirressaca, álcool pode fazer bem?
O consumo de álcool é um dos hábitos mais longevos da humanidade, registrado há pelo menos 10 mil anos. Porém, o consumo exagerado do álcool tem malefícios bem estabelecidos.
Por outro lado, diversos estudos publicados recentemente mostram que a ingestão moderada de bebidas alcoólicas até pode reduzir o risco de doença cardíaca, diabetes e até mesmo demência.
Uma pesquisa, feita pelo Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim, na Alemanha, apontou que pessoas com 75 anos ou mais que bebem diariamente uma cerveja ou uma taça de vinho correm menor risco de demência senil.
A equipe chegou a essa conclusão após analisar mais de 3 mil pessoas dessa faixa etária, sem sinais de demência, que se consultaram com um clínico geral. Os cientistas acompanharam o grupo depois de 18 meses e, novamente, depois de três anos. Nesse período, apenas 217 indivíduos desenvolveram demência.