Antropólogo craniofacial reconstrói 3 pessoas da Escócia medieval em 3D
O Wigtown Book Festival é um festival anual realizado na cidade de Wigtown, na Escócia. Neste ano, ele ocorreu entre os dias 23 de setembro e 2 de outubro e teve uma atração que chamou a atenção de visitantes curiosos.
As pessoas que estavam no festival puderam ficar cara a cara com três indivíduos que faleceram entre os séculos 12 e 14. Tudo isso graças a tecnologia 3D, que permitiu ao antropólogo craniofacial forense Chris Rynn reconstruir os rostos dos esqueletos.
Os restos mortais haviam sido recuperados em 1957. Eles remetiam a um bispo, uma jovem e um clérigo com fissura labial e fenda palatina – duas más-formações congênitas. Todos viveram no condado de Wigtownshire e foram enterrados no Whithorn Priory, um mosteiro medieval escocês que serviu também como catedral.
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O projeto de Chris Rynn, chamado Cold Case Whithorn, faz parte de uma iniciativa liderada pela instituição The Whithorn Trust, que busca revelar detalhes sobre os estilos de vida, dietas e saúde dos escoceses do passado.
O primeiro passo do cientista foi escanear em 3D os três crânios. Depois, ele esculpiu os músculos faciais em cera e mais uma vez digitalizou o material. Por fim, Rynn selecionou fotografias de várias pessoas com rostos similares ao do modelo 3D e projetou-as no crânio.
Com auxílio de inteligência artificial, o pesquisador fez ainda com que as reconstruções pudessem se mover, piscar e até mesmo sorrir. Rynn considerou o crânio feminino como um dos mais simétricos que já trabalhou, sugerindo que a moça era extremamente bonita. Já o clérigo, devido às más-formações, levou o título de rosto mais assimétrico já recuperado pelo antropólogo.
Agora, as animações em 3D devem ficar expostas no centro de visitantes do The Whithorn Trust, que conta a história de uma área conhecida como “berço do cristianismo” da Escócia.