O recém divulgado relatório Failing the Fix (falha na manutenção, em tradução livre), que se propõe a mensurar o índice de reparabilidade de produtos eletrônicos, trouxe uma preocupante constatação: alguns modelos mais modernos de notebooks estão cada vez mais difíceis de se consertar.
A Apple foi a empresa que recebeu a pior pontuação com seus MacBooks. O mais curioso é que os dispositivos da maçã são considerados algumas das melhores plataformas, principalmente, para quem precisa de bastante poder de processamento para realizar atividades pessoais ou, até mesmo, de trabalho.
Para elaborar a análise, o levantamento considerou aspectos como facilidade de desmontagem, disponibilidade de peças de reposição e preços. O ranking também leva em conta se a fabricante oferece manuais com informações claras sobre os procedimentos necessários para o conserto dos eletrônicos.
A Apple foi a única das empresas analisadas que tirou um nota “D” na reparabilidade geral — a pior nota entre todas as companhias. Com “B+” e “B”, Asus e Acer, respectivamente, mesmo com alguns deslizes, foram as fabricantes que obtiveram as melhores avaliações e consideradas as mais amigáveis na hora da manutenção. Confira o ranking:
Direito ao reparo
O portal IFixIt explica que, por exemplo, na desmontagem, a Apple não se saiu nada bem, tirando uma nota 4 de 10. Aliás, este é um dos pontos mais criticados nos aparelhos da marca já há bastante tempo.
Alguns portais especializados em tecnologia consideram que, a depender da região do planeta, possuir um MacBook é quase como ter um notebook descartável. Isso porque repará-lo adequadamente é praticamente impossível.
Além da dificuldade para desmontar o aparelho, o fato de algumas peças serem conectadas a outros componentes impede a substituição individual. Na prática, isso torna o conserto muito mais caro do que ele poderia ser.
O portal já denuncia o problema nos produtos da “maçã” há bastante tempo. Os iMacs, por exemplo, também vêm historicamente recebendo notas bem ruins por serem muito difíceis de reparar. Por outro lado, desde o iPhone 13, a empresa tem se esforçado para facilitar o sistema de conserto dos seus smartphones.
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