Com o Apple Pay, o iPhone quer substituir a sua carteira
A Apple quer substituir a sua carteira e acabar com seus cartões de crédito com o Apple Pay, seu novo sistema de pagamento móvel.
Como a Apple já tem mais de 800 milhões de cartões em seus arquivos graças ao iTunes, ela não precisa pedir a ninguém informações bancárias. O Apple Pay vem com uma coisa chamada SecureElement, que não é novidade (está por aí há três anos). É uma peça de hardware que guarda suas informações financeiras de maneira criptografada. Quando você faz uma compra, ela gera um número unitário de transação. Nenhuma das suas informações é compartilhada com os vendedores. Perdeu o iPhone? Suspenda todos os pagamentos sem precisar se preocupar com o cartão de crédito. Se a tecnologia será o suficiente para acabar com temores em relação à segurança da Apple, só o futuro nos dirá.
“Como se vê, a maior parte das pessoas que trabalharam nisso começaram focando no modelo de negócio que estava centralizado em interesse próprio, em vez de se concentrar na experiência de usuário”, disse Tim Cook, alfinetando Google e outros antecessores do mundo do pagamento móvel.
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O iPhone 6, diferentemente de seus antecessores, conta com NFC, que é o responsável pelo Apple Pay. Isso contraria o que a Apple fez até hoje, ao deixar seus smartphones longe do mundo da comunicação NFC, e faz com que eles acompanhem algo presente em quase todos os smartphones premium do mercado.
A estranha relutância da Apple em relação ao NFC fez com que ela ficasse anos atrás do Android, mas como os pagamentos via NFC ainda não se tornaram muito populares, ela tem agora a chance de recuperar o atraso. E ela quer alcançar a concorrência com todas as parcerias possíveis para fazer o Apple Pay estrear já sendo completo.
Para o lançamento, a Apple fechou mais de 220.000 parcerias. O McDonalds, por exemplo, aceitará o Apple Pay como forma de pagamento no drive-thru. A Disney também aceitará o novo serviço. Além de vendedores, a Apple também se aliou a Mastercard, Visa, American Express, Capital One e diversos bancos, assim como empresas de e-commerce- como Groupon. Será possível até requisitar um carro Uber sem precisar criar uma conta no Uber. A lista de parcerias, aparentemente, foi o que fez a Apple demorar tanto para entrar no mundo dos pagamentos móveis.
O NFC é novo para o iPhone, mas não é uma tecnologia nova. Para quem não conhece, com o NFC é possível aproximar um dispositivo a outro para criar uma conexão entre eles. Há anos o Google usa isso para tentar impulsionar os pagamentos móveis. A própria Apple acumula patentes relacionadas a NFC e pagamento móvel desde 2009, mas até agora elas não serviam para muita coisa.
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O Apple Pay estará disponível a partir do mês que vem como uma atualização do iOS para pessoas dos EUA – não sabemos como ele funcionará em outras partes do mundo.
A quantidade de parcerias fechadas pela Apple para o Apple Pay é impressionante, e mesmo que a tecnologia não seja nova e nem especial, a conveniência que esse sistema de pagamentos pode oferecer a usuários do iPhone é clara. Mas, obviamente, todas as questões de segurança seguem sendo válidas.