Na última quinta-feira (2), a Apple apresentou os resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2022. A receita total da empresa foi de US$ 117,2 bilhões, queda de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O resultado negativo foi puxado principalmente pela redução na venda de produtos físicos com a marca da maçã. No último trimestre, a receita de iPhones caiu 8%, totalizando US$ 65,8 bilhões – contra US$ 71,6 bilhões do ano anterior.
A empresa também reportou uma queda de 8% na venda de relógios, acessórios e outros produtos para casa (totalizando US$ 13,5 bilhões). Porém, a maior queda foi sentida na venda de dispositivos Macs, com uma redução de 29%, com uma receita de 7,7 bilhões de dólares.
A única exceção foi a venda de iPads, que teve um crescimento de 30% no período, alcançando faturamento de US$ 9,4 bilhões.
Por outro lado, a empresa registrou um recorde histórico de receita na venda de serviços, alcançando a cifra de US$ 20,8 bilhões, alta de 6%. O montante é proveniente de serviços como o Apple TV+, Apple Music e Apple Arcade, que atualmente contam com mais de 935 milhões de assinantes.
Apple chega a 2 bilhões de dispositivos em uso
Apesar da queda na venda de aparelhos, Tim Cook, CEO da Apple, afirmou com entusiasmo que a empresa acaba de atingir o marco de mais de 2 bilhões de dispositivos ativos no mundo.
“Como todos nós continuamos a navegar em um ambiente desafiador, estamos orgulhosos de ter nossa melhor linha de produtos e serviços de todos os tempos e, como sempre, continuamos focados no longo prazo e lideramos com nossos valores em tudo o que fazemos”, disse Cook em comunicado.
Nos últimos três meses de dezembro, a Apple gerou US$ 34 bilhões em fluxo de caixa operacional e pagou mais de US$ 25 bilhões em dividendos aos acionistas durante o trimestre. Já o lucro ficou em US$ 1,88 por ação, contra US$ 2,10 do ano anterior.
Apesar da queda de receita e o cenário macroeconômico difícil – diante da chamada “Crise das Big Techs” –, a Apple ainda não deu sinais de que pretende promover uma demissão em massa, assim como tem feito outras grandes empresas de tecnologia.