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Aspartame, linguiça, bacon e presunto devem constar na lista proibida da OMS

Adoçante artificial presente em refrigerantes será classificado como "possivelmente cancerígeno" na lista da entidade que pode ser divulgada no dia 14 de julho

Linguiça, bacon, presunto e aspartame estarão na lista proibida da OMS

Imagem: Stéphan Valentin/Unsplash/Reprodução

O adoçante artificial aspartame deve entrar para a lista de “possíveis causadores do câncer” da OMS (Organização Mundial da Saúde), ainda em julho. O aditivo presente na Coca-Cola entrará para a relação onde já estão outros alimentos, como linguiça, bacon, presunto, bebidas alcoólicas e carne vermelha. 

Fontes disseram à agência Reuters que especialistas da IARC (Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer) devem adicionar o gênero alimentício depois que pesquisas científicas comprovaram seus potenciais danos à saúde. A previsão é que a lista seja divulgada no dia 14.

Depois de analisar 1.300 estudos, os especialistas colocarão o aspartame na categoria de “possível risco”. A IARC, porém, não especifica a quantidade segura para o consumo. 

Isso significa que existem evidências limitadas de que o adoçante pode causar câncer em humanos. Há, no entanto, provas suficientes nos estudos realizados em animais e fortes evidências sobre a características do alimento. 

A lista de “alimentos perigosos” da IARC costuma afetar profundamente o mercado. Em 2015, por exemplo, o comitê incluiu o glifosato à tabela dos “potencialmente cancerígenos”. 

Por causa disso, a Bayer já perdeu diversos processos de pessoas que exigiram indenização depois de receber o diagnóstico de câncer. Elas alegam que só desenvolveram a doença por causa do herbicida. 

Como é a lista da IARC 

É comum que a entidade seja alvo de críticas por causa da lista de alimentos, produtos e comportamentos com potencial de causar câncer. 

De um lado, especialistas dizem que a relação desencadeia alarmes desnecessários. Outros, porém, afirmam que um órgão independente para driblar a influência lucrativa do mercado é mais que necessário. 

De modo geral, a lista oferece quatro níveis de classificação de alimentos. São eles: 

Cada nível tem como base a força das evidências, e não o quão perigosa é cada substância. O primeiro grupo, por exemplo, inclui substâncias que vão desde carne processada até amianto – ou seja, alimentos com provas contundentes de que causam câncer. 

Consumir carne vermelha e trabalhar durante a noite também aparecem na lista, mas na classe de “risco provável”. 

Campos eletromagnéticos de radiofrequência, associados ao uso de celulares, estão no “risco possível”, enquanto o grupo final – “não classificável” –, diz que não há evidências o suficiente para uma conclusão. 

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