Ciência

Astrônomos descobrem novo planeta semelhante e próximo à Terra

Planeta HD 63433d orbita estrela parecida com o Sol; descoberta pode auxiliar estudos sobre como era a Terra primitiva
Imagem: Alyssa Jankowski/ University of Wisconsin-Madison/ Reprodução

Astrônomos norte-americanos encontraram um novo planeta com tamanho parecido ao da Terra. Além disso, ele parece ser o mais jovem exoplaneta terrestre conhecido, além de orbitar uma estrela muito semelhante ao Sol.

A descoberta foi publicada na revista The Astronomical Journal. De acordo com os pesquisadores — que fazem parte do projeto THYME –, este é um planeta útil para estudos, porque pode ser semelhante a nossa Terra primitiva.

Sobre o planeta descoberto

Chamado de HD 63433d, ele é o terceiro planeta encontrado em órbita ao redor de uma estrela chamada HD 63433. Ela, por sua vez, é parecida com o Sol, com aproximadamente o mesmo tamanho. 

No entanto, a estrela é bem mais jovem: tem apenas 400 milhões de anos, o que não é um décimo da idade do nosso astro rei. Já o planeta orbita tão perto dessa estrela que sua volta completa acontece em apenas 4,2 dias terrestres.

Semelhanças e diferenças

Além de orbitar um astro semelhante ao Sol e ter tamanho parecido ao da Terra, HD 63433d está próximo (em termos astronômicos) ao Sistema Solar. Sua estrela está a apenas 73 anos-luz de distância, na direção da constelação da Ursa Maior.

No entanto, para os astrônomos, as semelhanças terminam aí. Ao analisar sua órbita, eles acreditam que o planeta está gravitacionalmente bloqueado. Isso significa que um lado está sempre voltado para sua estrela, enquanto o outro está sempre no escuro.

Dessa forma, a face virada para a HD 63433 pode atingir 1260°C e pode ser coberta de lava. Ainda assim, os pesquisadores seguem animados com a descoberta e as possibilidades de estudo que o planeta permite realizar.

O planeta é visível tanto do hemisfério Sul quanto do Norte. Por isso, os astrônomos podem usar um maior número de telescópios para pesquisá-lo.

“Isto é nosso quintal solar, é emocionante. Que tipo de informações uma estrela tão próxima, com um sistema tão lotado ao redor, pode revelar? Como isso nos ajudará a procurar planetas entre as talvez 100 outras estrelas semelhantes neste jovem grupo do qual faz parte?”, conclui a autora do estudo, Melinda Soares-Furtado.

A ideia é desenvolver novos métodos para estudar gases que escapam do interior do planeta ou medir seu campo magnético.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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