Ciência

Atividades ao ar livre serão mais raras com mudanças climáticas, diz estudo

Cientistas do MIT desenvolveram uma métrica para quantificar e projetar como as mudanças climáticas vão reduzir o número de dias ideais para atividades ao ar livre.
Imagem: YouTube/Reprodução

Atividades ao ar livre, como caminhar, sair para jantar ou passear com pets, serão mais raras devido às mudanças climáticas, de acordo com um estudo do MIT.

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Para entender os impactos das mudanças climáticas, cientistas do MIT desenvolveram o conceito de “dias ao ar livre”. Essa métrica quantifica o número de dias em um ano em que as temperaturas são adequadas para atividades ao ar livre.

Os pesquisadores aplicaram o método em um estudo publicado no início deste ano para comparar o impacto das mudanças climáticas em diferentes países ao redor do mundo.

81 dias a menos para atividades ao ar livre no Brasil, segundo estudo

Os cientistas identificaram que o Hemisfério Sul sofreria o maior impacto em número de perdas de “dias ao ar livre”, enquanto países ao norte poderiam ter mais dias disponíveis.

À época, em vez de estabelecer normas para definir condições aceitáveis ideais para atividades ao ar livre, os cientistas criaram um site em que é possível personalizar as condições e receber uma previsão de como as mudanças climáticas afetam determinado país.

Imagem: Screenshot/MIT/Reproduçao

Além disso, o site projeta o número de dias ideais para atividades ao ar livre entre o presente e o próximo século. Até 2100, com as mudanças climáticas, o Brasil vai perder 81 dias ideais para atividades ao ar livre.

Os cientistas destacaram que países como Bangladesh, Colômbia, Sudão e Indonésia já estão perdendo dias para atividades ao ar livre. Em contrapartida, Rússia e Canadá apareceram no estudo como países que ganharam mais dias para atividades.

“Impactos dos impactos das mudanças climáticas”

Agora, um novo estudo, publicado no início deste mês pelo mesmo time de cientistas, avaliou os impactos das mudanças climáticas nas atividades ao ar livre nos EUA.

Aliás, o estudo coincide com cenários climáticos preocupantes na América do Norte, como incêndios florestais e o recente furacão Milton.

Assim, os pesquisadores dividiram os EUA em nove regiões, revelando que as mudanças climáticas tornarão atividades ao ar livre mais raras nos estados do sul. O impacto será maior sobretudo no sudeste, como na Flórida — devastada pelo furacão Milton.

Além disso, os pesquisadores investigaram a correlação entre atividades econômicas, como turismo, e as mudanças climáticas, focando, novamente, na Flórida.

A economia do estado depende bastante do turismo e o clima agradável atrai moradores e turistas. Portanto, a queda no número de dias para atividades ao ar livre pode impactar a economia do estado. O estudo classifica esse efeito como “os impactos dos impactos das mudanças climáticas”.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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