As bactérias que vivem no sistema digestório são capazes de produzir uma variedade de moléculas, que podem entrar na corrente sanguínea e afetar a saúde humana. Porém, há alguns fatores que podem influenciar a composição da microbiota antes que ela libere os chamados metabólitos, como o uso de medicamentos e a dieta do indivíduo.
Ter esses dados é importante para avaliar os efeitos da microbiota na saúde. Por isso, pesquisadores da Universidade de Uppsala e da Universidade de Lund, ambas na Suécia, exploraram as fortes ligações que existem entre determinadas bactérias que vivem no intestino e os níveis de pequenas moléculas geradas no sangue. O estudo completo foi publicado na revista Nature Communications.
A pesquisa é baseada em análises de amostras fecais e de sangue de 8.583 participantes de um estudo sueco intitulado CARdioPulmonary bioImage Study (SCAPIS). Os resultados foram reunidos em um atlas, que pode ser acessado clicando nesse link.
Para chegar às informações, os cientistas sequenciaram o conteúdo de DNA das amostras e compararam os resultados com sequências de DNA de bactérias conhecidas. Além disso, analisaram a presença dos metabólitos nas amostras de sangue.
De acordo com a equipe, os resultados mostram como as bactérias que os humanos carregam no intestino constituem um forte determinante para os metabólitos que existem no sangue. Por conta disso, os dados estão liberados para outros pesquisadores que tenham interesse em explorar tais associações mais a fundo.
Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.
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