Mais polêmica em “The Witcher”! Não bastasse a saída do ator Henry Cavill do elenco após a terceira temporada, agora apareceu uma crítica do autor dos livros da franquia, Andrzej Sapkowski. Ele alfinetou a Netflix publicamente.
O escritor disse, rindo, que a plataforma de streaming nunca deu atenção às suas ideias para a série — mesmo ela sendo baseada em seus livros “Batismo de Fogo”, “Torre da Andorinha” e “A Senhora do Lago”.
“Talvez eu tenha dado a eles algumas ideias, mas eles nunca me ouviram. Mas é normal”, disse ele na Comic-Con de Viena, na Áustria. Confira no vídeo abaixo.
Andrzej Sapkowski ainda imitou um empresário da plataforma e ironizou: “Quem é esse? É um escritor, não é ninguém”.
Como foi a saída de Cavill de “The Witcher”
“The Witcher” segue para a quarta temporada na Netflix. Há rumores de que a produção vai acabar na quinta temporada. O protagonista Geralt de Rivia agora será interpretado por Liam Hemsworth (“Jogos Vorazes”). Henry Cavill deixou a série na terceira temporada, lançada em junho deste ano, sem revelar muitos detalhes.
Ele chegou a recusar um cachê de US$ 8 milhões para seguir em “The Witcher”. “Minha jornada como Geralt de Rivia foi repleta de monstros e aventuras e, infelizmente, eu vou aposentar meu medalhão e minhas espadas para a quarta temporada. Em meu lugar, o fantástico Sr. Liam Hemsworth assumirá o manto do Lobo Branco”, escreveu Cavill no Instagram.
Conforme o The Hollywood Reporter, Henry Cavill era um dos defensores de se manter fiel às histórias dos livros de Andrzej Sapkowski. Em 2021, ele condicionou sua permanência em sete temporadas se pudesse “continuar contando grandes histórias que honrem o trabalho de Sapkowski”.
Beau DeMayo, um dos roteiristas da série nas duas primeiras temporadas, publicou no Instagram que os outros roteiristas “não gostavam ativamente do programa, livros e jogos” de “The Witcher”.
A showrunner Lauren Schmidt Hissrich rebateu as críticas e disse que “os livros são todo o meu sustento”
“Tenho um ótimo relacionamento com o Sr. Sapkowski, e as salas dos escritores são sagradas e seguras e — mais do que tudo — espaços de apoio”, escreveu ela, segundo o The Hollywood Reporter.
Pedro Ezequiel é jornalista pela ECA - USP. Passou pela Rádio USP, Jornal da USP, UOL e DOC Films. Não dispensa café e podcast. É fã de "Moleque Atrevido" do Jorge Aragão.
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