O mistério da baleia jubarte que foi parar no meio da mata no Pará

Uma baleia jubarte foi encontrada morta na sexta-feira (22) em um local inusitado: em uma região de mata próxima à Praia do Araruna, no município de Soure, na Ilha de Marajó, no Estado do Pará. O acontecimento deixou muita gente se perguntando como o animal foi parar lá, e as primeiras hipóteses para este mistério […]

Uma baleia jubarte foi encontrada morta na sexta-feira (22) em um local inusitado: em uma região de mata próxima à Praia do Araruna, no município de Soure, na Ilha de Marajó, no Estado do Pará. O acontecimento deixou muita gente se perguntando como o animal foi parar lá, e as primeiras hipóteses para este mistério começam a aparecer.

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De acordo com pesquisadores do instituto Bicho D’Água ouvidos pela reportagem do UOL, o animal era um macho filhote recém-emancipado da mãe, e media 8,4 metros de comprimento.  O mamífero foi encontrado sem sinais de ferimentos.

Mas como o bicho foi parar lá? A oceanógrafa Maura Elisabeth Moraes de Souza, do projeto Bicho D’Água, comentou uma das possibilidades na reportagem do UOL:

“Uma das hipóteses é que foi a primeira vez que o filhote iria migrar sozinho, mas não conseguiu. Ele deve ter entrado em uma corrente forte, já que tivemos dois dias de ‘super-maré’. Ele pode ter sido carregado e não conseguiu voltar.”

A especialista também comenta que existe uma rota conhecida de migração de baleias jubarte. Elas saem da Antártida, onde se alimentam, e vão para o Arquipélago de Abrolhos, na Bahia, onde se reproduzem. Essa migração se dá entre julho e novembro — agora é a época dos animais voltarem ao Sul. Pode ser que a baleia, ainda um filhote, tenha se perdido e tomado o caminho contrário — em vez de ir ao Sul, foi rumo ao norte.

Em sua página no Facebook, o projeto Bicho D’Água diz que o acontecimento é “totalmente compreensível”:

Ontem (24), uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde, Saneamento e Meio Ambiente de Soure começou a necropsia do animal. Pesquisadores do instituto Bicho D’Água e do Museu Emílio Goeldi também participam dos trabalhos.

Como o local é de difícil acesso e impede que a baleia seja removida, a necropsia está sendo feita onde o animal foi encontrado. De acordo com cientistas ouvidos pelo G1, pedaços do corpo foram colhidos e enviados para Belém e para o Rio de Janeiro, onde serão avaliados e analisados.

A ideia é entender melhor por que e como o animal morreu e, se possível, usar as informações para entender o que aconteceu antes de ele acabar no meio da mata.

[UOL, G1]

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