Cultura

“Barbie”: por que o maior sucesso do cinema foi esnobado pelo Oscar

"Barbie" ganhando um Oscar deve ser uma cena rara na premiação deste domingo (10). O Giz Brasil levanta os motivos para esse desprezo da Academia. Confira!
Imagem: Divulgação/Warner Bros.

Quando Margot Robbie e Greta Gerwig, de “Barbie”, foram “esnobadas” nas indicações ao Oscar de Melhor Atriz e Melhor Diretor(a), respectivamente, muitos apontaram o patriarcado como o principal motivo. Isso porque o longa-metragem teve como ponto central a crítica ao machismo. E, com a chegada da maior premiação do cinema, as estrelas femininas perderam espaço para um coadjuvante masculino: Ryan Gosling.

O próprio ator, aliás, chegou a se manifestar sobre o tema, dizendo que “Não há filme da Barbie sem Greta Gerwig e Margot Robbie, as duas pessoas mais responsáveis ​​por este filme que fez história e é mundialmente celebrado”.

De fato, foi surpreendente para muitos a ausência da atriz principal Margot Robbie e da primeira mulher a dirigir um filme com arrecadação bilionária, Greta Gerwig, na disputa pelo Oscar 2024. Entretanto, o sexismo na indústria cinematográfica pode não ter sido o único motivo.

Como apontou a BBC, o enredo baseado em uma boneca pode ter diminuído as chances de “Barbie” no Oscar. Isso porque, segundo eles, seus eleitores “recusaram-se a levar a sério o filme baseado em brinquedos”.

É verdade que o gênero “fantasia” não tem tanto espaço no Oscar. Talvez por isso, “Barbie, assim como outros grandes sucessos de bilheteria, como “Avatar: O Caminho da Água”, foram deixados de lado na corrida pelas estatuetas.

Derrotas e vitórias de “Barbie” no Oscar

Vale lembrar ainda que “Barbie” também não conseguiu concorrer a Melhor Roteiro Original. O motivo? Regras rígidas regras da Academia que consideraram o enredo baseado na personagem já existente da Mattel como um “roteiro adaptado”.

Além disso, diferente da principal categoria do prêmio, de Melhor Filme, para direção, há apenas cinco vagas, das quais alguns dos cineastas por trás dos melhores do ano ficaram de fora. E foi o que aconteceu com Gerwig, que perdeu espaço não só para Christopher Nolan, de “Oppenheimer”, como também para Justine Triet, de “Anatomia de uma Queda”, a única mulher na categoria.

Por outro lado, embora Margot Robbie possa ter sido injustiçada, uma atriz coadjuvante do longa conseguiu seu espaço no Oscar. É a America Ferrera, que brilhou com seu discurso sobre as expectativas impostas às mulheres. Diferente da comicidade da personagem de Robbie, para a bancada da premiação, a emoção no monólogo de Ferrera foi merecedora de uma indicação.

Ao todo, o filme concorre em oito categorias. Incluindo as de Melhor Canção Original, com “What Was I Made For?”, de Billie Eilish e Finneas O’Connell. E “I’m Just Ken”, de Mark Ronson e Andrew Wyatt, além de Melhor Figurino. Saiba a história do vestido amarelo da “Barbie” no longa nesta matéria do Giz Brasil.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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