Ciência

Besouro “superman” está derrubando árvores no Brasil

Larvas do besouro metálico, que podem chegar a 14 centímetros de tamanho, corroem os troncos das árvores por dentro, tornando-as vulneráveis
Imagem: Wikimedia Commons/ Reprodução

Conhecido como besouro metálico, o Euchroma gigantea tem causado estragos em Fortaleza, no Ceará. Nesta semana, representantes da espécie foram responsáveis por derrubar três árvores na cidade.

Ao todo, oito troncos já caíram na capital cearense durante o mês de outubro. E o inseto tem sua árvore preferida — as mungubeiras, que podem chegar a mais de dez metros de altura.

O besouro metálico

São cerca de oito centímetros de comprimento, cobertos por uma carapaça brilhante. A espécie tem origem na Amazônia. Contudo, por lá, o inseto tem predadores, o que faz com que o crescimento de sua população seja controlado.

Agora que se espalhou por diversas cidades do Brasil, o besouro metálico chegou a cantos onde não há predadores naturais. E, embora existam diversos estudos sobre o inseto, não existem produtos para combatê-lo. Por isso, sua reprodução está acelerada, sem contenção. 

Como eles destroem as árvores

Se o besouro metálico já é considerado grande, sua larva é maior ainda. Podendo chegar a 14 centímetros de comprimento e com cabeça que pode ter cerca de dois centímetros de largura, é ela a responsável pelos danos às árvores.

De acordo com especialistas, o besouro coloca seus ovos na base da planta e, ao eclodir, as larvas crescem se alimentando do tronco. Com o passar do tempo, o desenvolvimento do inseto acaba deixando diversos buracos na estrutura, o que torna a árvore vulnerável a ventos e chuvas.

Fique atento e evite a queda das árvores

Para evitar que o besouro metálico danifique uma árvore ao ponto dela cair e causar perigo aos pedestres e objetos por perto, fique atento aos sinais. Quando o inseto está presente, a planta fica com galhos secos e folhas pequenas e amareladas. 

Além disso, na base da árvore aparece uma secreção em tons de amarelo ou marrom. Neste momento, é preciso comunicar os responsáveis do município. Dessa forma, eles poderão avaliar, se necessário, autorizar o corte.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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