A França aumentou a oferta e vai pagar 4 mil euros para os cidadãos trocarem seus carros antigos por bicicletas. O valor equivale a R$ 20 mil no câmbio atual. Em abril de 2021, o país ofereceu 2,5 mil euros aos franceses que optassem pela transição.
A proposta inclui bicicletas elétricas e manuais. O valor atende deve ir para pessoas com renda mais baixa e que vivem em cidades de baixa emissão de dióxido de carbono – o principal responsável pelas mudanças climáticas, segundo informações do jornal britânico The Times.
Pessoas com renda mais alta que fizerem a troca também recebem o incentivo, mas não de 4 mil euros: será proporcional ao nível da renda.
O governo francês também está disposto a pagar 400 euros (pouco mais de R$ 2 mil) para as pessoas que quiserem comprar uma bicicleta, mas não podem ou querem vender o carro.
Em Paris, a prefeita Anne Hidalgo adotou uma abordagem mais agressiva: vai dar até 500 euros para quem quiser comprar sua bicicleta elétrica. Na transição para o real, o valor ultrapassa os R$ 2,5 mil.
Países na vanguarda
Além da França, outros países como Bélgica, Holanda e Reino Unido também oferecem incentivos para a redução de emissões de carbono. Os governos pagam os cidadãos que usam bicicleta para ir ao trabalho, em vez do carro.
Na Bélgica e Holanda, o incentivo é de 0,25 centavos de euro por quilômetro (o equivalente a R$ 1,25). Já o Reino Unido oferece R$ 1,31 por quilômetro rodado de bike, além de um programa que dá desconto em equipamentos de ciclismo.
As iniciativas têm a ver com o compromisso dos países com a ONU (Organização das Nações Unidas) para reduzir a emissão de gases de efeito estufa pela metade até 2030.
Até 2050, os países devem reduzir em até 80% a poluição por combustíveis fósseis, conforme acordado na COP16, a principal conferência ambiental do mundo, realizada em Glasgow, na Escócia.
