A IndyCar — mais conhecida no Brasil como “Fórmula Indy” — anunciou que, a partir do próximo ano, seus carros serão impulsionados pelo etanol. Segundo destaca o site Ars Technica, o combustível 100% renovável foi desenvolvido pela Shell e é fabricado a partir de resíduos da cana-de-açúcar. E o mais interessante: a nova tecnologia é brasileira.
O etanol será produzido pela Raízen, uma joint-venture brasileira criada em 2011 pela Shell e a Cosan. Atualmente, a Raízen é uma das maiores produtoras de etanol do mundo. O combustível que será utilizado na corrida possui uma mistura de etanol de segunda geração e outros biocombustíveis.
Em comparação com a gasolina de origem fóssil, o etanol reduz em pelo menos 60% as emissões de gases de efeito estufa. A adoção do combustível verde faz parte das iniciativas da IndyCar de tornar a série de corridas mais sustentável.
De acordo com a organização do campeonato, esta é a primeira vez que uma competição de automobilismo dos Estados Unidos adotará um combustível totalmente renovável.
Etanol e outras práticas sustentáveis
A Fórmula Indy aboliu a gasolina tradicional nas corridas no ano de 1965. Desde então, foram utilizadas diferentes misturas até chegar na fórmula oficial atual conhecida como E85, que tem na composição 85% de etanol e 15% de gasolina.
Segundo apontou o site Indianápolis Motor Speedway, a IndyCar, em parceria com a Shell, também está promovendo outras iniciativas sustentáveis, como o uso de um óleo de motor sintético nos carros de corrida, compensação das emissões de carbono, transporte de pneus com caminhões elétricos, promoção de competições para desenvolver veículos mais econômicos, entre outros.
A 106ª edição da “500 Milhas de Indianápolis”, da Fórmula Indy, ocorre no próximo domingo (29). No Brasil, a competição será transmitida pela TV Cultura, a partir das 12h30 (horário de Brasília).