Astrônomos que buscavam por corpos celestes no Cinturão de Kuiper acabaram encontrando 11 novos astros para além da região, na periferia do Sistema Solar. Acredita-se que os novos objetos podem fazer parte de um novo e mais distante “Cinturão de Kuiper”.
O cinturão de Kuiper, que se estende desde a órbita de Netuno entre 30 e 50 unidades astronômicas UA do Sol, abriga corpos celestes extremamente gelados. Esses astros são conhecidos como objetos transnetunianos (TNOs). Aliás, um dos objetos mais famosos desta região do Sistema Solar é o planeta anão Plutão.
Agora, usando o Telescópio Subaru, em parceria com a missão New Horizons da NASA, encontraram um possível irmão do cinturão de Kuiper. O estudo foi publicado no último dia 5, por cientistas da Universidade de Chiba, no Japão.
11 astros podem desvendar segredos do sistema solar
A descoberta ocorreu graças a câmera HSC (Hyper Suprime-Cam), que detectou os astros graças a sua lente ultra wide de 900 MP. Desde 2020, o Subaru descobriu 239 objetos no Cinturão de Kuiper. Porém, segundo os cientistas, os mais importantes são esses 11 astros além do Sistema Solar.
Além de surpreendentemente distantes, entre 70 e 90 unidades astronômicas (UA) do Sol – uma UA equivale à distância entre a Terra e o Sol –, os 11 astros sugerem a possibilidade de um segundo Cinturão de Kuiper.
Anteriormente, a região dos 11 astros era considerada uma área vazia. Agora, os astrônomos vão usar o Subaru para monitorar esses 11 objetos do novo cinturão para melhor definir suas órbitas. Além disso, devido à localização, os 11 astros são “apenas a ponta do iceberg”, possivelmente indicando uma população muito maior.
A descoberta pode ser o primeiro passo para desvendar os mistérios sobre os primórdios do nosso Sistema Solar, bem como seu processo de formação. Talvez, também será possível compreender a formação de outros sistemas planetários.