Cientistas implantam 1º coração artificial feito de titânio; veja como foi
Uma parceria entre o Texas Heart Institute e a BiVACOR, nos Estados Unidos, promoveu o primeiro transplante feito com um coração artificial construído em titânio. De acordo com as informações divulgadas, o processo cirúrgico foi um enorme sucesso e o órgão tem atingido o desempenho esperado.
Os pesquisadores realizaram o procedimento inédito como parte dos estudos para avaliar o nível de segurança e também o funcionamento do “Coração Artificial Total” (TAH, na sigla em inglês) em um cenário real.
O órgão, que consiste em uma bomba de sangue com dois ventrículos, não é definitivo. Na verdade, ele foi desenvolvido pelo BiVACOR para pacientes com insuficiência cardíaca que aguardam transplante. Após o sucesso do primeiro implante, mais quatro pacientes passarão pelo procedimento como parte do programa de testes.
Aplicação do coração de titânio
O coração artificial é uma peça única com rotor giratório no interior. O componente fica suspenso por um campo magnético e girando continuamente, a fim de reproduzir o funcionamento de um órgão saudável. Ele contribui para o bombeamento de sangue para todo o corpo.
Os médicos pretendem usar o TAH no tratamento de casos graves de insuficiência cardíaca que, de acordo com dados divulgados no final de 2022, acomete cerca de 26 milhões de pessoas em todo o mundo. A doença é uma condição crônica caracterizada pela perda da capacidade do coração em bombear sangue.
Pessoas com insuficiência cardíaca podem sentir falta de ar, cansaço, batimentos acelerados e inchaço nas pernas. Em casos mais leves, o tratamento pode ser realizado com restrição de ingestão de sal e líquido, além do uso regular de medicamentos. Além disso, os mais graves podem demandar o uso de marcapasso para estimular o ritmo cardíaco ou a realização de um transplante, por exemplo.
Daniel Timms, fundador e diretor de tecnologia da BiVACOR, demonstrou bastante otimismo com o andamento dos estudos. Aliás, ele comemorou os bons resultados atingidos após a primeira instalação do TAH e agradeceu a coragem do paciente que se voluntariou para contribuir com os testes.
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