Cientistas lançam alerta para aparecimento de novo superfungo mortal
Cientistas de Singapura descobriram um novo tipo de um conhecido superfungo, representando um perigo mortal. Em um estudo publicado em julho, os cientistas revelaram encontrar uma forma geneticamente distinta do fungo Candida auris em diversos pacientes.
Descoberto em 2009, na Coreia do Sul, médicos consideram o C. auris mortal por ser um fungo que consegue resistir a múltiplos antifúngicos, bem como se espalhar muito rápido em hospitais. O fungo é conhecido por ser uma levedura que atinge pessoas saudáveis, mas sem causar doenças. No entanto, em pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, o fungo pode causar infecções severas.
Por resistir a quase todos os medicamentos antifúngicos existentes, as infecções desse fungo são difíceis de tratar e, após o fungo se estabelecer no organismo humano, é muito difícil erradicar a infecção.
Agora, o novo estudo mostra que o superfungo tem ainda mais habilidades para se tornar um perigo mortal.
Nova cepa do superfungo
De acordo com a pesquisa, médicos em Singapura encontraram pacientes que tiveram infecções do superfungo sem sair do país. Intrigados, os médicos se juntaram a outros pesquisadores para analisar a formação genética da cepa do novo fungo, constatando ser diferente dos cinco clados do C. auris.
Além disso, os cientistas ressaltam que os casos de infecção não têm conexão, sendo provável, portanto, que o novo fungo já esteja se espalhando por Singapura e, possivelmente, pelo mundo.
Por fim, o estudo afirma não haver conclusão sobre a capacidade desse novo superfungo causar doenças ou grandes surtos. Contudo, o aumento no número casos reforça o perigo mortal à saúde pública.
Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o C. auris como uma prioridade para pesquisa e ações de saúde pública. Ainda são raras as infecções pelo superfungo C. auris, mas, recentemente, os casos estão aumentando.
No início de 2023, por exemplo, mais de 60 pessoas foram colonizadas pelo superfungo no Brasil. Além disso, em Pernambuco, três pessoas morreram após serem colonizadas pelo superfungo, em fevereiro deste ano.