Cinemateca reabre em maio na “sexta-feira 13” com filme perdido de Zé do Caixão

Após alagamento, incêndios, e um período de abandono, a Cinemateca Brasileira irá reabrir ao público no dia 13 de maio, depois de um ano e meio fechada
Cinemateca Brasileira
Imagem: Divulgação/Cinemateca

Depois de um ano e meio fechada, a Cinemateca Brasileira reabre ao público no dia 13 de maio, uma sexta-feira, com uma mostra de filmes do personagem do terror Zé do Caixão. Nada mais apropriado! Uma “sexta 13” especial para os fãs do cinema nacional.

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Durante o período que esteve fechada, o local passou por alagamentos, incêndios, que prejudicaram a preservação do patrimônio cultural do cinema brasileiro, além de um processo aberto por abandono. 

A instituição volta a receber o público em sua sede, instalada no antigo prédio do Matadouro Municipal, na Vila Clementino, zona sul de São Paulo. A reabertura acontece primeiro no dia 12 de maio, com a exibição do filme “Macunaíma”, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade em 1969. A sessão será apenas para convidados e o longa, que foi restaurado pela instituição, vai ser exibido em 35 mm na enorme tela que fica na área externa do espaço.

Já nos dias 13, 14 e 15 (sexta, sábado e domingo), haverá uma mostra dedicada a José Mojica Marins, o lendário “Zé do Caixão”, com sessões abertas para o público. No primeiro dia do evento, será exibido o média-metragem inédito “A Praga” (1980), restaurado e finalizado pelo produtor Eugenio Puppo, que encontrou as latas do filme perdidas no escritório do cineasta, quando organizava, em 2007, uma retrospectiva do Mestre do Terror.

A Semana & Prêmio ABC 2022, de 25 a 28 de maio, também está na agenda. Promovida desde 2002, a semana acontece anualmente e apresenta ao mercado, estudantes e trabalhadores do audiovisual as novas tendências e tecnologias.

Vale lembrar que a entidade passou por um período de abandono promovido pelo governo federal, que assumiu a gestão em 2020. No ano passado, a Sociedade Amigos da Cinemateca iniciou a administração do local, e começou a prepará-lo para a reabertura. Alguns funcionários demitidos em 2020 voltaram para a instituição, com a nova diretora do espaço, Maria Dora Mourão.

“Poder fazer esse trabalho de reabertura é, realmente, algo muito especial. E passa também pela emoção. Eu sou ex-aluna de Cinema, me formei em Cinema na USP. E a Cinemateca faz parte da minha formação. Porque, enfim, filmes que a gente assistia como aluno, como aluna, vinham daqui. Naquela época, não existia streaming, não existia VHS, não existia nada disso. Era filme mesmo, as latas que iam pra escola e a projeção”, contou Dora ao portal G1.

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No primeiro momento, a sala principal, com capacidade para 210 pessoas, irá funcionar exibindo filmes de quinta a domingo. Em uma próxima etapa, a segunda sala voltará a funcionar, assim como a cafeteria.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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