Ciência

Cocô de pombo pode estragar a pintura do carro? Siga as dicas

A sujeira causa danos à tintura e ao verniz que reveste os carros; saiba como limpar o cocô de pombo sem danos
Imagem: Tim Mossholder/Unsplash/ Reprodução

Não importa onde você mora, se você tem carro já deve ter se deparado com cocô de pombo em seu veículo alguma vez na vida. É natural que isso aconteça, mas não é agradável — e pode ser muito mais prejudicial que uma sujeirinha.

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Os pombos percorrem os céus, comem o que querem e, em seguida, expulsam resíduos. Às vezes, não basta limpar o pedaço do carro em que caiu o cocô de pombo. Mesmo limpa, a tinta ainda pode ficar manchada. 

Por isso, antes que cause algum dano, deve ser limpo o mais rápido possível. Mas você sabe o porquê?

O cocô de pombo é ácido

O sistema excretor das aves é diferente dos mamíferos. Em vez de terem saídas separadas para sólidos e líquidos, as aves possuem um orifício só: a cloaca. Por lá, elas eliminam o cocô, que é a parte verde ou preta, e também a urina, que é a parte branca.

Isso tudo vira uma mistura só, que possui alta quantidade de ácido úrico. Em comparação, a urina humana tende a ter um pH na faixa de 6,0 a 7,5. O cocô de pombo é muito mais ácido, com um pH na faixa de 3,0 a 4,5. 

Além disso, ao contrário da urina de mamíferos que é líquida e pode ser facilmente eliminada ou lavada com água, o cocô de pombo é pegajoso e pastoso. Isso também dificulta sua remoção e favorece que ele permaneça por um longo tempo nas superfícies.

Em geral, é por estes motivos que o cocô de pombo prejudica o verniz e a pintura dos carros. Quando ele seca na superfície do veículo, pode corroer a tinta, deixar manchas e tirar o brilho do veículo.

Dependendo do tempo que permanecer no carro, ele pode chegar até a camada base do painel do carro. Isso significa que o veículo precisará de reparos na pintura, não apenas um polimento.

Como evitar os danos causados por cocô de pombo no carro

Em primeiro lugar, tenha cuidado ao escolher onde estacionar. Embora a sombra seja um vantagem, evite parar o carro debaixo de árvores. Como elas são lugares de pausa de pássaros em geral, é quase certo que seu veículo sairá com algum vestígio.

Caso seja inevitável, limpe o cocô de pombo assim que possível. Quanto mais tempo as fezes permanecerem, maior será o risco de gravar irreversivelmente a pintura.

Para limpar, basta usar água, uma toalha de microfibra e qualquer sabonete seguro para carros. Limpe, enxágue e não esfregue – o objetivo é retirar o cocô sem arranhar a pintura. Ao final, passe um pano seco para assegurar que não deixou vestígios de ácido úrico no carro.

No entanto, como nem sempre é possível ver e limpar de forma rápida, busque ajuda profissional quando necessário.

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Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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