Cria de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, Marcelo Lopes, de apenas seis anos, se diferencia em comparação com as outras crianças de sua idade: o baiano tem um QI de 138 na Escala Wechsler de Inteligência, considerado superior ao da maioria das pessoas (entre 90 – 109).
Apaixonado por Star Wars e sonha em ser astronauta, Marcelo foi aceito em uma sociedade internacional para superdotados, a Intertel. Para entrar na entidade, o candidato precisa ter pontuação superior a 135 na Escala Wechsler de Inteligência. Por isso, é necessário comprovar o QI através através de diversos testes e laudos de neuropsicólogos.
A trajetória escolar de Marcelo
Marcelo começou a falar as primeiras palavras aos seis meses, e entrou na escola aos dois anos com muita dificuldade de se adequar as crianças da mesma idade. “Quando ele tinha dois anos, a gente estava viajando e ele apontou para um aviso e disse: ‘mamãe, dentista’. Realmente tinha escrito dentista, tomamos um susto”, relembrou Tatiana Gomes, mãe de Marcelinho ao G1 Bahia.
Depois de um teste de nivelamento, feito aos três, ele foi matriculado no 1º ano, o que é equivalente para crianças de seis anos. Atualmente está no 4º ano, sendo cerca de três anos mais novo que os colegas de turma. ”A diretora me ligou e fomos comunicados que ele disse que não queria ficar naquela sala. Ele falava que queria estudar e lá não tinha nada”, relatou Tatiana.
”Ele perguntava para a professora: ‘que horas a gente vai estudar?”, completou o pai, Marcelo, que gostaria que o filho tivesse uma educação especializada para crianças com QI alto, assim poderia aprimorar suas habilidades e interagir com pessoas com realidades parecidas com as dele.
Vale apontar, que segundo a sociedade fundada em 1966, os membros são minoria na população, o que corresponde a 1% dos mais de sete bilhões de pessoas do mundo. Para efeito de comparação, na Bahia existem apenas dois membros inscritos na Intertel – onde um deles é Marcelinho.