Ciência

Como a poluição do ar pode prejudicar sua pele, segundo este estudo

Pesquisa evidencia correlação entre a presença de poluentes no ar e problemas de irritação da pele, como eczemas
Imagem: Coline Haslé/ Unsplash/ Reprodução

Um estudo recente, publicado na revista Dermatology and Therapy, evidenciou a correlação entre a poluição do ar e a incidência de problemas de pele. Segundo a pesquisa, quanto mais poluentes na atmosfera, mais as pessoas podem enfrentar irritações como eczemas.

Entenda a pesquisa

O estudo teve início com uma suspeita da dermatologista Shadi Kourosh. Embora os problemas de pele sejam mais evidentes durante os meses de inverno, em junho de 2023, inverno no hemisfério norte, ela recebeu muitas visitas em seu consultório de pacientes com queixas.

No mesmo período, o Canadá enfrentava uma série de incêndios que deixavam rastros em boa parte da América do Norte. Então, a médica analisou cinco anos de dados  sobre os níveis de material particulado e monóxido de carbono no ar em Boston, divulgados pela Agência de Proteção Ambiental.

Depois, comparou as informações com registros de pacientes do sistema hospitalar Mass General Brigham, que é o maior grupo hospitalar de Massachusetts. Dessa forma, encontrou uma correlação entre os níveis de poluição do ar e as visitas hospitalares para dermatite atópica, a forma mais comum de eczema.

Em junho de 2022, o nível de monóxido de carbono na cidade de Boston estava abaixo de 0,2 partes por milhão. Nesse mês, os registros de consultas por dermatite eram inferiores a 20.

No mesmo período do ano seguinte, 2023, a poluição triplicou, enquanto o número de visitas à dermatologia aumentou para 160.

Como a poluição interfere na pele

Embora a pesquisa tenha evidenciado o que aconteceu em um evento extremo, a poluição diária também afeta a pele. Isso porque resíduos expelidos por veículos e indústrias também têm um efeito irritante, causando inflamações e acelerando o envelhecimento. 

Apesar de não causar mortes, os eczemas prejudicam bastante a qualidade de vida. Em crianças, os quadros podem ser mais graves, uma vez que o problema de pele tende a evoluir para alergias alimentares e asma.

Além disso, acredita-se que a poluição do ar possa tornar as pessoas mais sensíveis a outros alérgenos, colocando o sistema imunológico em um estado constante de alerta. 

Por isso, no dia a dia, especialistas recomendam o uso de protetor solar mineral, com zinco ou titânio em sua composição. Essas substâncias criam uma barreira física e tornam mais difícil para poluentes do ar entrarem em contato direto com a pele.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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