Ciência

Como é o microplástico: imagem de microscópio SRS mostra detalhes

Microplásticos entram na cadeia alimentar e podem se alojar em órgãos do corpo humano, acumulando toxinas e potencialmente provocando doenças
Imagem: Unsplash/Reprodução

O microplástico se tornou uma preocupação ambiental crescente dos ambientalistas e cientistas de todo o mundo. Para tentar conscientizar sobre os perigos, pesquisadores usaram uma tecnologia de microscópios para mostrar detalhes dessas pequenas partículas.

A tecnologia usada é a de microscopia SRS (Stimulated Raman Scattering). A imagem de microscópio SRS permite uma visualização detalhada dos microplásticos, destacando sua composição e estrutura.

Essa técnica oferece uma perspectiva única, mostrando como essas partículas interagem com o meio ambiente e os organismos vivos. Veja, abaixo:

Microplástico

Imagem: PNAS/Reprodução

De acordo com o estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), através dela, cientistas podem estudar a degradação dos plásticos e como eles se fragmentam em partículas ainda menores.

Com a continuidade dos estudos e o avanço das tecnologias de imagem, os cientistas esperam que novas estratégias para lidar com essa questão ambiental crítica sejam desenvolvidas, garantindo um futuro mais limpo e saudável para as próximas gerações.

Porque são preocupantes

Microplásticos são pequenas partículas de plástico com 5 mm de diâmetro ou menos. Eles derivam de outros objetos feitos de plástico ou podem ser produzidos já em tamanho reduzido.

Essas pequenas partículas de plástico poluem os oceanos, o ar e os solos, destinando-se aos recursos naturais de que fazemos uso e dos alimentos que ingerimos.  A presença de microplásticos na natureza é alarmante, pois eles estão cada vez mais presentes nos oceanos, no ar e nos solos, afetando a flora e a fauna.

Além disso, essas partículas entram na cadeia alimentar e podem se alojar em órgãos do corpo humano, acumulando toxinas e potencialmente provocando doenças.

Dessa forma, os microplásticos podem ser originários de objetos maiores ou produzidos já em tamanho reduzido. Como é o caso dos encontrados em produtos de higiene pessoal e cosméticos, por exemplo.

Imagem: PNAS/Reprodução

Microplástico encontrado até nas nuvens

Uma pesquisa publicada na revista Environmental Chemical Letters mostrou que microplásticos também estão presentes nas nuvens. Os pesquisadores encontraram vários tipos de polímeros e borracha na água das nuvens ao redor do Monte Fuji e do Monte Ōyama.

“Até onde sabemos, este estudo é o primeiro a detectar microplásticos transportados pelo ar na água das nuvens, tanto na troposfera livre quanto na camada limite atmosférica”, escreveram os cientistas no estudo.

Assim, na prática, existem várias maneiras pelas quais os microplásticos podem flutuar na atmosfera. A poeira das estradas, o desgaste dos pneus, os aterros ou mesmo o uso de relva artificial são todos potenciais pontos de entrada de microplásticos nas nuvens.

O oceano também pode enviar os seus microplásticos para o céu através da pulverização marítima. Além disso, outros processos podem tornar as partículas leves o suficiente para serem transportadas no ar.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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