Como pandemias chegam ao fim, segundo a ciência

Especialsitas apontam o que determina o fim de uma pandemia
Casal colocando máscara de proteção facial

Nas últimas semanas, algumas cidades brasileiras têm apresentado avanços na contenção dos casos de Covid-19 – graças à vacinação. E, ainda que a notícia seja animadora e você esteja pensando no ‘fim da pandemia’, alguns especialistas apontam que o momento é de cautela. 

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O médico Guilherme Werneck, membro da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), foi ouvido pela BBC Brasil e disse que estamos, de fato, na melhor fase desde o início de 2021, com um decréscimo imenso de novas infecções, hospitalizações e óbitos. 

Apesar disso, os anúncios de que ninguém morreu de coronavírus devem ser analisados com cuidado, até porque existe um atraso nas notificações. 

No início desta semana, o estado de São Paulo não apresentou nenhum óbito em decorrência da doença. Algumas regiões, como Maranhão, já estão flexibilizando o uso de máscara, e outras, como a capital paulista, manterão até o final do ano.

A Europa experimentou relaxar as medidas quando parte de sua população estava vacinada e agora se tornou o epicentro da doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)

Paulo Eduardo Brandão, virologista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), falou à reportagem que, com base no que sabemos sobre outros tipos de coronavírus, é provável que o Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, se atenue com o passar dos anos e se torne um causador de resfriado comum.

Para Werneck, o desafio será estabelecer um patamar admissível de casos e óbitos, o que exigirá um consenso não apenas da comunidade científica, mas de toda a sociedade. E isso só acontecerá, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem,  se todos os países – ou grande parte deles – apresentarem avanço nas taxas de vacinação.

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Por isso, entende-se que a Covid-19 deixará de ser uma pandemia quando não tiver mais um alcance tão grande como acontece agora. E, ainda que a OMS estabeleça o fim, caberá a cada país – ou mesmo estados e cidades – determinar quando a emergência de saúde pública terminará, assim como as medidas de restrições e precauções. 

[BBC]

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