Como prolongar a vida do telescópio Hubble? Estas empresas têm um plano

A Nasa está aceitando sugestões para impedir que o Hubble entre na atmosfera desde dezembro. Empresas divulgaram proposta pela primeira vez
hubble na órbita terrestre
Imagem: Nasa/Divulgação

O Hubble está perdendo altitude e pode reentrar a atmosfera terrestre no fim da próxima década. Mas a Nasa não quer abrir mão do telescópio espacial, que já a serviu por décadas. Para isso, está procurando formas de prolongar sua vida útil.

Agora, duas empresas ofereceram uma solução à agência americana. As companhias em questão são a japonesa Astroscale, que desenvolve serviços de remoção de detritos na órbita terrestre, e a americana Momentus, especializada em transporte espacial. Elas propuseram à Nasa trabalhar juntas para anexar um veículo ao Hubble e aumentar sua altitude.

A Nasa lançou o Hubble em 1990, deixando-o na órbita terrestre a 600 quilômetros de altitude. Na época, esperava-se que ele se mantivesse a uma altura suficiente para que continuasse operacional por 15 anos. Só que sua expectativa de vida aumentou, à medida que a agência realizou missões de reparo.

Hoje, o telescópio está a 535 quilômetros de altitude. A proposta atual é aumentar essa altura em 50 quilômetros. Para isso, um veículo de serviço orbital da empresa americana se aproximaria do Hubble, se anexaria a ele com a tecnologia da companhia japonesa e puxaria o telescópio para cima. Depois, ele poderia aproveitar a viagem para remover lixo espacial que esteja próximo à órbita do Hubble.

A busca de uma solução para o Hubble

A proposta da dupla de empresas é uma resposta à Nasa, que pediu ideias de como consertar a altitude do Hubble em dezembro de 2022 – depois de fechar um acordo com a SpaceX, em setembro para estudar como uma espaçonave da empresa poderia resolver o problema. 

A agência americana deixou claro: eles estão investigando várias soluções em potencial e não pretendem comprar uma missão para dar reboot no Hubble. As próprias empresas escolhidas serão responsáveis pelos custos da missão, se uma missão de fato acontecer. O lucro seria, claro, a exposição: as companhias poderiam atrair clientes pagantes demonstrando suas capacidades de manutenção de satélites.

Por enquanto, a Nasa recebeu oito propostas para manutenção do Hubble, de acordo com a declaração de um porta-voz ao Space News. A Astroscale e a Momentus são as únicas empresas que divulgaram suas sugestões até o momento.

O Hubble já fez mais de 1,5 milhão de observações e gerou dados para mais de 19 mil artigos científicos. A Nasa lançou o sucessor do Hubble, o Telescópio Espacial James Webb, em dezembro de 2021, mas espera-se que os dois telescópios ainda trabalhem juntos pelos próximos anos.

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