O vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19, continua em circulação. Enquanto ele infecta novos hospedeiros, sofre também mutações, gerando novas variantes com potencial para escapar das vacinas.
Como se não bastasse, nosso sistema imunológico parece ter memória curta. É preciso reforçar a vacinação de tempos em tempos para se manter protegido contra a doença.
No Brasil, a terceira dose do imunizante está liberada para toda a população adulta, mas menos de 50% desse grupo voltou aos postos de saúde.
Para melhorar o combate à Covid-19, a empresa alemã BioNTech, parceira da farmacêutica Pfizer, resolveu trabalhar em uma vacina universal contra o vírus.
Como foi explicado pela agência de notícias Reuters, os compostos incluem injeções de aprimoramento de células T, projetadas para proteger contra doenças graves caso o vírus se torne mais perigoso, e injeções de pan-coronavírus que protegem contra a família mais ampla de vírus e suas mutações.
As companhias pretendem iniciar testes em humanos já no segundo semestre deste ano. A Pfizer havia divulgado dados promissores da versão adaptada do imunizante no último sábado. Resultados de fases 2 e 3 apontam uma resposta imune substancialmente maior da dose extra contra a BA.1 da Ômicron em comparação com a vacina atual.
A solução da vacina universal vem em boa hora. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o número de novos casos da Covid-19 ao redor do globo aumentou 18% na última semana. Oriente Médio, Sudeste Asiático e Américas enfrentam ainda uma alta nas mortes causadas pelo vírus.
A vacinação com a dose de reforço e o uso de máscaras em ambientes fechados e/ou superlotados segue sendo primordial no combate à pandemia.