Tecnologia

De estrela na pandemia ao ostracismo: que fim levou o app Clubhouse

O Clubhouse foi muito popular no começo da pandemia de Covid-19, mas acabou caindo no esquecimento. O que aconteceu com o app?
Imagem: Unsplash/Reprodução

O app Clubhouse — rede social baseada em salas de bate-papo ao vivo — foi muito popular durante o período de pandemia de Covid. Este sucesso repentino fez com que outras plataformas corressem contra o tempo para implementar recursos parecidos para não ficar para trás. É o caso do X, o antigo Twitter, com os Spaces, por exemplo.

Contudo, após a quarentena, o hype passou e o número de usuários da plataforma caiu vertiginosamente. Com a flexibilização das restrições, a tendência foi de que as pessoas voltassem a interagir com seus familiares e amigos presencialmente. Isso acabou impactando na audiência de vários aplicativos de bate-papo, não apenas o Clubhouse, mas ele certamente foi um dos que mais sentiram os impactos da reabertura.

Ao longo de 2022, o Clubhouse, por exemplo, viu sua base de usuários cair em 80%. Desde então, os responsáveis pela plataforma buscam formas de atrair mais pessoas. Porém, a situação atual não parece nem de longe com sua fase mais badalada.

Por isso, no primeiro semestre de 2023, a empresa tomou a decisão de demitir cerca de 50% de seu quadro de funcionários. O processo de reestruturação foi para tentar adequar a cultura da empresa e o aplicativo ao período pós-pandemia.

Novo Clubhouse?

No final do ano passado, a empresa apresentou o que chamou de “novo Clubhouse” e anunciou o novo recurso “Chats”. Basicamente, a empreitada da empresa são grupos que permitem bate-papo por mensagens de áudio de maneira assíncrona. Ou seja, sem exigência de que todos os membros estejam conectados ao mesmo tempo, como em uma chamada.

Mesmo com as tentativas de trazer o app de volta à vida, a tendência dos usuários é seguir por outros caminhos e utilizar plataformas mais tradicionais de mídias sociais. 

Inicialmente, o recurso funcionava exatamente igual ao app Clubhouse, permitindo apenas bate-papo por voz, mas recentemente passou a permitir que os participantes abram suas câmeras durante a conversa.

Aliás, o então Twitter demonstrou interesse em adquirir o Clubhouse durante a fase de maior sucesso do aplicativo de conversas por áudio. De acordo com informações da Bloomberg, as negociações chegaram a ser abertas e o valor do acordo girava em torno de US$ 4 bilhões. Entretanto, por motivos que não foram revelados, as conversas acabaram sendo interrompidas.

Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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