Dia Internacional da “Mulher-Gato”: por que Zoë Kravitz é a atriz do momento

Discreta nas redes sociais e inicialmente rejeitada para o papel de Mulher-Gato, atriz vem acumulando papéis de destaque
Zoë Kravitz
Zoë Kravitz em “The Batman” - Foto: Divulgação/Reprodução Warner Bros.

Zoë Kravitz vem ganhando grande espaço na mídia por causa do filme “The Batman”, dirigido por Matt Reeves. Na trama, ela interpreta Selina Kyle, a famosa Mulher-Gato, personagem fundamental no novo filme do Morcego, que é estrelado por Robert Pattinson.

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Com o papel, Zoe está sucedendo ninguém menos que as atrizes Michelle Pfeiffer e Halle Berry, que interpretaram a personagem em “Batman: O retorno” (1992) e “Mulher-Gato” (2004), respectivamente. Zoë é a terceira Mulher-Gato negra do universo da DC Comics.

Antes mesmo de viver a nova versão live-action da gatuna, Kravitz emprestou sua voz para a mesma personagem na animação “Lego Batman: O Filme” (2017). Já para o longa de Reeves, a atriz fez uma forte preparação física para interpretar a Mulher-Gato, com uma rotina baseada em intensos treinos diários.

Em entrevista à Vogue Brasil, a atriz explicou que passou 11 horas entre treinos intensos e gravações, e como conseguiu equilibrar a saúde física e mental. “Bom, eu não tive equilíbrio e foi bem louco isso (risos). Fiquei treinando por meses antes das gravações e durante as filmagens eu continuava treinando por duas horas e meia por dia, dormia e fazia tudo de novo. Foi muito trabalho, mas estou tão feliz por ter conseguido. Fiquei bem cansada, mas depois que vi o resultado final, senti que valeu a pena ficar tão exausta”, conta ela. 

Além disso, Zoe destacou os conselhos que recebeu para interpretar a mulher-gato. “Halle Berry me disse para apenas tentar fazer a personagem do meu jeito e dar o meu toque pessoal, o que foi um ótimo conselho. E Michelle Pfeiffer me disse para garantir que o figurino fosse prático e que eu tivesse como fazer xixi no macacão, pois esse era o que ela mais sofria durante as gravações (risos)”. 

No Instagram, Zoe mantém uma postura discreta. Ela possui cerca de 15 publicações no feed, que em suas maioria são sobre o seu papel em “Batman”, e pouco se sabe sobre a vida pessoal da atriz pelas redes sociais. 

“Minha relação com as redes sociais é complexa, acho que é um lugar estranho. De um lado, é uma ferramenta que une as pessoas e traz conexão e de outro nos afasta cada vez mais. Muitas pessoas saem com seus amigos no mundo real e passam a maioria do tempo tirando fotos para postar no Instagram. É algo que nos tira muito tempo da vida real, então tento deixar a minha vida pessoal bem guardada e estar presente em cada momento ao invés de postar fotos na internet para pessoas que eu não conheço”, explica. 

https://www.instagram.com/p/CVEFj-WpYWH/

Bastante reclusa com sua vida pessoal, Zoë Kravitz prefere não comentar sobre o fim do seu casamento de 18 meses com o ator Karl Glusman, mas já revelou publicamente que irá abordar o assunto em seu primeiro disco-solo. E a lista de novos projetos não para por aí: em breve, ela fará sua estreia como diretora em Pussy Island, filme estrelado por Channing Tatum, ainda sem data de lançamento.

Natural de Los Angeles, Califórnia, a norte-americana começou a atuar ainda adolescente e despontou em filmes como “X-Men: Primeira Classe” (2011) e “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015). Filha do cantor Lenny Kravitz e da atriz Lisa Bonet, ela não esconde que, no começo de sua carreira, em 2007, muitos pensavam que se ela conseguisse um trabalho, seria por conta do sobrenome. 

“Não sei, talvez ainda pensem isso, mas meu medo foi embora, pois trabalhei muito e acreditei no meu processo e intenção. E não quero perder tempo me preocupando com o que os outros vão pensar”, explica Zoe. 

O bom desempenho veio com o reconhecimento de performances carismáticas nas séries “Big Little Lies” (2017) e “High Fidelity” (2020). “A cada experiência, fui crescendo enquanto artista e aprendendo, seja com os erros que cometi ou no impacto de cada papel sobre mim”, diz ela, que também atua como embaixadora da Saint Laurent.

“Fiquei surpresa quando me escalaram para o papel, mas segui os meus instintos e deu certo. É engraçado, pois não sou fã de gatos, mas sei que sou um pouco como eles: fazemos o que queremos e gostamos de interação no nosso tempo. É uma questão para tratar na terapia, com certeza”, explica Zoë Kravitz sobre o papel em “Batman”. 

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Hoje ela é aclamada pelo seu papel como Mulher-Gato, em “The Batman”, mas Zoe Kravitz já perdeu um papel na franquia do morcego por ser “urbana”. A atriz ficou fora de “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, mas não confirmou se o teste era para o papel da gatuna de Gotham.

“Não sei se veio diretamente de Chris Nolan”, disse Kravitz ao The Guardian. “Eu acho que provavelmente foi um diretor de elenco de algum tipo, ou assistente de um diretor de elenco… Ser uma mulher de cor, uma atriz e ser dito na época que eu não era capaz de ler por causa da cor da minha pele, e a palavra ‘urbana’ sendo jogada em torno disso, foi realmente difícil naquele momento.”

Além disso, Zoe também aproveitou o lançamento do filme para confirmar que sua Mulher-Gato é bissexual. Durante o filme, a personagem demonstra uma relação curiosamente íntima com uma colega de trabalho chamada Anika. Entretanto, o roteiro deixa ambíguo a natureza da relação, dando sinais que poderia ser apenas uma amizade ou algo a mais.

Em entrevista ao site Pedestrian.TV, Zoe contou que a relação de sua Selina com a personagem Anika já foi romântica. Isso porque em uma cena do longa, a Mulher-Gato entra em seu apartamento e procura por Anika, se referindo a ela como “baby”. Nos quadrinhos, a bissexualidade de Selina foi confirmada em 2015 pela atual roteirista da franquia, Genevieve Valentine.

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“Batman” já está em exibição nos cinemas brasileiros. O filme chega ao catálogo do HBO Max em abril.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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