Disney+ promete ser mais barata que a Netflix, mas será que vale a pena?
Falta pouco mais de dois meses antes do lançamento do Disney +, o que significa que muitos podem estar pensando em abrir mão de alguns outros serviços de streaming para optar pelo enorme catálogo de filmes, programas de televisão e originais da Disney – particularmente considerando que o seu preço de assinatura é inferior ao plano mais acessível da Netflix. Mas será que ele compensa?
A Disney está certamente tentando convencer assinantes em potencial que sim. A empresa revelou na D23 Expo no último fim de semana que a sua opção de assinatura mais acessível, que custará US$ 6,99, oferecerá transmissão em 4K, UHD e High Dynamic Range, de acordo com a CNET. Além disso, o blogueiro de cinema Eric Vespe tuitou que a empresa também transmitirá alguns de seus títulos em Dolby Atmos, sem custo adicional.
Isso já dá à Disney uma vantagem sobre a Netflix de várias formas. Os assinantes devem pagar quase US$ 16 para desbloquear HD e Ultra HD para streaming na Netflix com seu plano premium (embora o HD esteja disponível com o plano padrão de US$ 12,99). Além disso, a Netflix requer uma assinatura premium para transmitir com o Dolby Atmos.
Stopped into a Disney+ demo. It’s so similar in build to Netlfix. I asked the rep about UHD and he said there were definitely titles that stream in UHD and Dolby Atmos. No upcharge. pic.twitter.com/BnvWg1ILTb
— Eric Vespe (@EricVespe) August 24, 2019
Tradução: Dei uma passada na demonstração do Disney+. É muito parecido com a estrutura da Netflix. Eu perguntei a um representante sobre UHD e ele disse que definitivamente haverão títulos que transmitem em UHD e Dolby Atmos. Sem custo extra.
Além do vídeo de alta qualidade, no entanto, o plano padrão da Disney + incluirá sete perfis de usuário e quatro transmissões simultâneas. Atualmente, o plano básico de streaming de US$ 8,99 da Netflix só permite que os usuários assistam em um dispositivo por vez, e seu plano padrão (de US$ 12,99) permite dois. Somente os usuários do plano premium (de US$ 15,99) podem acessar de quatro dispositivos, que é o que o Disney+ oferece com sua opção mais acessível.
Quer a Disney esteja ou não querendo desbancar a Netflix – e, para ser claro, não é esse o caso -, todos os sinais indicam que a empresa não tem sido nada além de estratégica em sua abordagem para desafiar o gigante de streaming de longa data. Além das vantagens mencionadas anteriormente que surgiram durante a D23 Expo, foi anteriormente revelado que a empresa ofereceria um pacote Disney + com o plano básico do Hulu e ESPN + por apenas US$ 12,99 por mês – o mesmo preço do plano padrão popular da Netflix.
Um porta-voz da Disney + não retornou imediatamente um pedido de comentário, mas atualizaremos se recebermos alguma resposta.
É claro que o Disney + tem seus benefícios de streaming em termos de qualidade e acessibilidade. A grande questão que permanece, então, é o conteúdo. O serviço Disney + será o lar de muitas franquias da empresa, incluindo Pixar, Star Wars, Marvel e National Geographic – em outras palavras, alguns dos maiores conteúdos de sucesso de bilheteria existentes. Se a Netflix quer ser tudo para todos, a HBO quer ser o lugar para conteúdo de TV adulto, e o Prime Video quer ser uma mistura de coisas chatas, a Disney está firmemente focada em ser o lugar para os gigantes de entretenimento.
Seguindo essa filosofia, a empresa vai ficar principalmente focada em ofertas familiares. De acordo com Vespe, um representante do Disney + disse que o conteúdo não ultrapassaria o território de classificação indicativa de 13 anos. No entanto, Vespe acrescentou que ao perguntar se alguns dos conteúdos mais adultos da Fox – que a Disney ganhou com a aquisição da 21st Century Fox no início deste ano – acabariam no Hulu, o representante da Disney disse que era uma “boa suposição”.
Ei, Apple , você ouviu isso? Não há problema em expandir seus limites um pouco.
Descobriremos se a ilimitada conta bancária da Disney criou um serviço de streaming para a todos governar em 12 de novembro nos EUA. A plataforma só estreará na América Latina em 2020.