Após WhatsApp atualizar política de privacidade, downloads do Signal disparam
Nas últimas semanas, o WhatsApp tem enviado notificações aos usuários solicitando que eles aceitem a nova política de privacidade e termos de serviço da plataforma. Resumidamente, as novas cláusulas estabelecem que o aplicativo de mensagens poderá compartilhar todas as informações que possui sobre você com o Facebook e suas subsidiárias.
Dado o histórico da empresa em relação a violações de privacidade, é de se esperar que muitos usuários fiquem com o pé atrás e decidam buscar alternativas à ferramenta. E parece que quem saiu ganhando nessa história foi o Signal, concorrente do Telegram. De acordo com o Android Police, o aplicativo está no topo da lista de apps mais baixados na App Store e na Play Store dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Líbano e França. Já no Brasil, o Signal ainda não tem tanto destaque, mas ainda encontra-se entre os 10 apps gratuitos mais populares.
A busca do Signal como alternativa ao WhatsApp pode ser explicada pelo fato de o aplicativo não apenas utilizar criptografia de ponta a ponta como também contar com um software de criptografia open source. Isso significa que falhas e vulnerabilidades são constantemente monitoradas e corrigidas de forma colaborativa, o que pode gerar uma maior sensação de segurança. Além disso, conforme aponta o Android Police, a ferramenta não coleta metadados que podem ser utilizados para identificar usuários.
Talvez, você esteja se perguntando por que, entre tantas alternativas ao WhatsApp, o Signal foi o que se popularizou. A explicação é que ele foi recomendado por Elon Musk, que recentemente se tornou a pessoa mais rica do mundo (depois deixou de ser). O resultado foi um aumento exponencial no número de downloads, que acabou causando um atraso na entrega de códigos de verificação, além de um pico de mais de 1.100% no valor das ações de uma empresa cahmada Signal Advance, que tem nome similar ao do app, mas não tem nada relacionado a ele.
Um ponto positivo dessa história é que, se antes a maioria de nós costumava aceitar qualquer atualização em políticas de privacidade sem sequer ler, parece que agora as pessoas estão mais cautelosas e conscientes em relação à proteção de seus dados.