Ciência

Dragão de Komodo não é mais um mistério para a ciência — mas poucos sabem

Com sua ferocidade e tamanho, dragão de komodo é um grande predador; entenda como a ciência descobriu sua principal habilidade
Imagem: Wikimedia Commons/ Reprodução

Seu nome científico é Varanus komodoensis, mas é popularmente conhecido como dragão de Komodo. Nativo da ilha de mesmo nome, na Indonésia, o animal é o maior lagarto da Terra. Mas engana-se quem pensa que ele é como outros lagartos — carnívoro, tem alta capacidade de matar suas presas.

Sobre o dragão de Komodo

whatsapp invite banner

Um réptil gigante, o dragão de Komodo pode medir mais de três metros de comprimento e pesar mais de 160 quilos. Em geral, esses animais nascem com uma coloração verde e listrada, mas conforme crescem, sua pele se torna cinza, lembrando uma armadura medieval.

Eles possuem um olfato aguçado e, por isso, conseguem detectar a presença de presas antes mesmo de vê-las. Uma vez capturada, a vítima é devorada rapidamente, restando apenas os ossos.

Mistério que a ciência já desvendou, mas poucos sabem

Em geral, o dragão de Komodo é conhecido por sua ferocidade atrás das presas, que muitas vezes são maiores que eles, como búfalos. No entanto, sua caça não se dá apenas pela violência.

Pesquisadores notaram que, quando animais grandes eram feridos pelos dragõesde Komodo, eles desenvolviam infecções que logo os levavam à morte. Até alguns anos atrás, a ciência acreditava que os répteis gigantes usavam bactérias como uma forma de veneno. 

A ideia era que, quando eles mordiam a presa, enchiam as feridas com os micróbios presentes em sua saliva. Embora essa explicação seja encontrada em livros didáticos e documentários, ela não tem evidências científicas que a comprovem.

Em 2009, Bryan Fry descobriu o verdadeiro culpado por trás da mordida letal do dragão. Olhando através de um scanner médico, o pesquisador da Universidade de Queensland descobriu que o dragão tem glândulas de veneno, carregadas com toxinas que diminuem a pressão sanguínea.

Assim, quando ele ataca uma presa, morde e rasga sua pele, abrindo feridas enormes que são preenchidas de veneno. Então, essa substância causa hemorragias e induzem o animal atacado à morte.

Contudo, a descoberta ainda não descartava a possibilidade dos dragões dependerem dos micróbios da sua saliva nesse processo. Mas quando cientistas estudaram as bactérias dentro de sua boca, eles não encontraram nada especial.

Na verdade, perceberam que os dragões de Komodo são animais limpos – mais que aqueles mamíferos carnívoros, como o leão.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas