Ciência

Drone voa pela 1º vez no interior de reator nuclear danificado de Fukushima

Sucesso da missão em Fukushima abre precedentes para o uso de drones em outras instalações nucleares pelo mundo
Imagem: NPR/Reprodução

Pela primeira vez na história, um drone sobrevoou o coração de um dos locais mais perigosos e inacessíveis do planeta: o interior de um antigo reator nuclear da usina de Fukushima, no Japão.

As imagens capturadas pelo drone mostram o interior do reator, iluminado apenas pela luz artificial do próprio drone. As cenas revelam detalhes das estruturas danificadas e dos destroços que permanecem como testemunhas  da catástrofe nuclear.

Cada um dos drones pesam 185 gramas, são altamente manobráveis ​​e suas lâminas dificilmente levantam poeira, o que os torna uma boa opção para checagens de segurança em fábricas. Cada um carrega uma câmera frontal de alta definição para enviar vídeo ao vivo e imagens de alta qualidade.

Com a capacidade de medir radiação e identificar pontos críticos, os drones oferecem uma nova perspectiva sobre como lidar com as consequências de desastres nucleares.

Veja o vídeo das áreas internas do reator de Fukushima

 

Cerca de 880 toneladas de combustível nuclear derretido, altamente radioativo, permanecem dentro dos três reatores danificados. Ainda não foi possível retirar o material de forma segura; por isso, técnicas alternativas de remoção não podem ser descartadas.

Funcionários da TEPCO, empresa responsável pelo reator de Fukushima, disseram que planejam usar os novos dados para desenvolver tecnologia para futuras sondas. Isso inclui a tarefa de remover o combustível derretido do reator. Além disso, é possível utilizar os dados na investigação sobre o colapso de 2011. O acidente fez com que 160.000 moradores deixassem a região. Quase 20 mil pessoas morreram.

O acidente em Fukushima foi o maior desastre nuclear desde o acidente nuclear de Chernobil. Imagem: Radio Proteção/Reprodução

O sucesso da missão abre precedentes para o uso de drones em outras instalações nucleares ao redor do mundo. É possível adaptar a tecnologia que permitiu a exploração para monitorar ambientes perigosos, auxiliar em operações de resgate e até prevenir futuros desastres.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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