Durou pouco: Zuckerberg volta atrás e desiste de vender NFTs no Instagram
Menos de um ano após incluir “colecionáveis digitais” em suas redes, a Meta decidiu reduzir o suporte para NFTs (tokens não fungíveis) no Facebook e Instagram. A confirmação veio por Stephane Kasriel, chefe de comércio da big tech, no Twitter.
Em uma thread publicada na segunda-feira (13), Kasriel diz que a decisão tem a ver com uma mudança de foco na empresa. “Estamos diminuindo os colecionáveis digitais por enquanto para focar em outras maneiras de apoiar criadores, pessoas e empresas”, tuitou.
“Aprendemos muitas coisas que poderemos aplicar nos produtos que continuamos a desenvolver em nossos aplicativos no metaverso”, escreveu. Segundo Kasriel, a Meta vai se concentrar em oportunidades de monetização para Reels e pagamentos de mensagens.
Some product news: across the company, we're looking closely at what we prioritize to increase our focus. We’re winding down digital collectibles (NFTs) for now to focus on other ways to support creators, people, and businesses. 🧵[1/5]
— Stephane Kasriel (@skasriel) March 13, 2023
O anúncio vem na esteira da demissão de 11 mil funcionários, ou 13% da força de trabalho da companhia, em novembro. Na semana passada, a agência Bloomberg noticiou uma nova onda de demissões para os próximos dias.
Mark Zuckerberg, que disse que 2023 será o “ano da eficiência” em sua companhia”, estreou o suporte para NFTs em maio. Em novembro, a companhia anunciou outra expansão significativa para o recurso e revelou que tinha planos para que criadores pudessem cunhar e vender os próprios colecionáveis no Instagram.
À época, Zuckerberg sugeriu que os NFTs do Instagram poderiam desempenhar um papel importante nos planos de metaverso da empresa. Agora, Kasriel não dá detalhes dos motivos para o recurso ser descontinuado.
Além dos colecionáveis digitais, a Meta também fechou a Novi, sua carteira criptográfica, ainda em 2022, cortou projetos do Reality Labs, divisão de metaverso, e do programa que paga bônus a criadores do Reels. Como tudo nas big techs, os próximos passos são incertos.