Ele não morreu: Elvis Presley volta aos palcos na forma de holograma
Há poucos dias do aniversário de 89 anos de Elvis Presley, um anúncio feito na última quinta-feira (4) marca o retorno de Elvis aos palcos. Não em carne e osso, mas em holograma.
“Elvis Evolution” será um show com experiência imersiva, com data para estrear em novembro deste ano, em Londres, com um holograma de Elvis Presley em tamanho real.
O evento é uma parceria entre a Authentic Brands Group, que detém os direitos de imagem de Elvis Presley, e a Layered Reality, especialista em entretenimento imersivo.
O show, que usa IA e projeção holográfica, foi criado utilizando milhares vídeos de apresentações de Elvis Presley e também gravações pessoais. Segundo Andrew McGuinness, CEO da Layered Reality, “Elvis Evolution” será uma experiência não apenas musical, mas também imersiva, permitindo que os fãs “entrem no mundo de Elvis e participem de momentos que definiram a carreira do artista”. Confira o teaser:
Show de Elvis Presley promete experiência imersiva
“Elvis Evolution” será uma jornada no tempo. Ele traz Elvis de volta de uma forma que antes só era possível em ficção científica, como sua aparição como um holograma em “Blade Runner 2049”.
No filme, em uma versão distópica de Las Vegas, holograma de Elvis aparece cantando “Suspicious Mind” durante uma luta entre os personagens principais, enquanto apresenta falhas em seu funcionamento.
“Elvis Evolution”, por outro lado, promete ser “a experiência do século para os fãs de Elvis”. Além de Londres, “Elvis Evolution” terá shows adicionais em Las Vegas, Tóquio e Berlim.
Portanto, esse evento será a primeira vez que Elvis se apresenta fora da América do Norte. Apesar de sua fama global, Elvis fez apenas três shows fora dos Estados Unidos, todos no Canadá. Isso ocorreu devido às limitações de seu empresário, Coronel Tom Parker, como imigrante ilegal.
Sucesso e crítica de shows holográficos
“Elvis Evolution” segue o sucesso de “ABBA Voyage“. Os shows com hologramas subiram de patamar desde o show do ABBA em 2022 em Londres, representando uma nova era no entretenimento.
O espetáculo recria o ABBA da década de 1970, que se apresenta em uma arena especial com três mil lugares. Foi preciso uma equipe de 1.000 artistas digitas e um bilhão de horas de trabalho na frente do computador para trazer os avatares da banda à vida.
Além do ABBA, o show holográfico de Roy Orbison é outro exemplo de sucesso, vendendo em média 1.800 ingressos em 2018. Esta tendência começou em 2012 com um holograma de Tupac Shakur no Coachella e segue dividindo opiniões.
Mesmo assim, em dezembro, a banda de rock KISS encerrou seu último show da turnê de despedida com avatares holográficos feito pelos mesmos criadores dos avatares do ABBA. Gene Simmons, do KISS, disse que esses avatares permitem que a banda seja ‘eternamente jovem e icônica’.
No entanto, as performances de Roy Orbison e Whitney Houston, que já faleceram, levantam questões éticas mais complexas sobre a monetização póstuma.