A Embraer divulgou o Conops (Conceito de Operações), um documento que traz diretrizes de como utilizar carros voadores na cidade do Rio de Janeiro.
O documento — pioneiro no Brasil — quer viabilizar o uso do eVTOL, uma aeronave elétrica que poderá ser usada como um tipo de “táxi aéreo“, e que vem sendo desenvolvido pela Eve, uma subsidiária da Embraer. O veículo tem a capacidade de fazer decolagens e pousos na vertical.
Além do serviço de táxi aéreo, o carro voador poderia ser utilizado para passeios turísticos, transporte médico, assim como para fazer viagens intermunicipais.
O objetivo com o Conops é preparar a cidade carioca para o mercado futuro da Mobilidade Aérea Urbana. Ele traz dados, análises e pontos de atenção no uso do carro voador e teve a participação de vários parceiros, entre eles a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da concessionária RIOGaleão.
Segundo apontou a Folha de S. Paulo, o documento apresenta pontos sobre a jornada do usuário, serviços e suporte a esse tipo de operação aérea, incluindo características, desafios e riscos.
“Temos informações para que o ecossistema possa não só se adaptar mas também se desenvolver com soluções que irão garantir uma expansão de forma segura e sustentável”, disse Luiz Mauad, vice-presidente de serviços e operações de frota da Eve, à Folha.
O que vem a seguir?
Conforme é explicado no Conops, o documento é o primeiro passo para iniciar as conversas para a implementação dos carros voadores no Brasil. Como o eVTOL deve voar em altitudes mais baixas do que outras aeronaves comerciais, é necessário discussões sobre a questão do barulho, poluição visual e onde construir os chamados “vertiportos”.
“Embora os projetos de eVTOL estejam em um estágio preliminar, entender o todo o processo operacional e a experiência dos passageiros, novos recursos, será fundamental para informar decisões posteriores sobre design, procedimentos, infraestrutura e outros fatores”, afirmou Roberto José Silveira Honorato, chefe de aeronavegabilidade da Anac.
De acordo com o documento, a expectativa é que, até 2035, o Rio de Janeiro poderá ter cerca de 4,5 milhões de pessoas por ano utilizando eVTOLs ao longo de cem rotas aéreas entre os bairros cariocas.