“Emoji” em Marte pode conter sinais de vida, diz ESA

O emoji é visível apenas sob certas condições, já que é uma formação de sedimentos remanescentes de um lago que secou há bilhões de anos.
Emoji em Marte pode conter sinais de vida antiga no planeta
Imagem: ESA/Reprodução

Na HQ “Watchmen”, de 1987, em Galle — a famosa cratera marciana que lembra um emoji de rosto feliz — o Dr. Manhattan afirmou que a vida “é um fenômeno superestimado” e que o planeta vermelho ia muito bem sem um simples microorganismo.

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Enquanto explicava à Laurie Jupiter sobre como a vida poderia ter surgido em Marte, mas o planeta escolheu não ter vida, Manhattan descobre a vida humana.

A imagem marcante do quadrinho, que na adaptação do cinema fica mais empolgante ainda com a trilha da versão de Jimi Hendrix de “All Along The Watchtower”, popularizou a cratera do emoji sorridente em Marte. Reveja:

Mais um emoji em Marte (e com sinais de vida)

Agora, quase 40 anos após o lançamento da HQ de Alan Moore, astrônomos descobriram outra cratera em forma de emoji em Marte. No entanto, o “emoji” fica em uma região longe de Galle, mas se destaca por conter sinais de vida em Marte.

O novo emoji é visível apenas sob certas condições, já que é uma formação de sedimentos remanescentes de um lago que secou há bilhões de anos.

Em uma publicação no Instagram, a ESA (Agência Espacial Europeia) revelou a imagem da cratera. O “rosto” é formado por um anel de antigos depósitos de sal, enquanto que crateras de meteoros formam os “olhos”.

A ESA captou a imagem usando o orbitador ExoMars. A foto faz parte de um estudo publicado no dia 3 de agosto. Nele, os pesquisadores criaram o primeiro catálogo de depósitos de sais de cloreto em Marte graças às imagens da ESA.

Ao todo, os pesquisadores identificaram 965 depósitos diferentes espalhados por Marte, além do “emoji”, que podem conter sinais de vida.

Um dos depósitos de sal em marte. Imagem: ESA/Reprodução

Esses depósitos são importantes porque podem “fornecer condições ideais para atividade e preservação biológica”, sendo um “alvo prioritário da exploração astrobiológica”, diz o estudo.

Os depósitos de sal ficaram no planeta quando o último resquício de água desapareceu dos lagos de Marte e iniciaram o período seco do planeta.

Segundo os pesquisadores, em alguns lugares, esses depósitos são as únicas evidências da existência de água em Marte, mas também podem ser evidências de vida.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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