Ciência

Encontrados fósseis de escorpião que ultrapassavam tamanho de uma pessoa

Estudo analisou fósseis de escorpiões marinhos gigantes da Era Paleozoica com mais de 2 metros de comprimento
Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Uma nova pesquisa do paleobiólogo Russell Bicknell, do Museu Americano de História Natural, nos EUA, e sua equipe, publicada este mês na revista Gondwana Research, revelou a imagem de um fóssil australiano de escorpião marinho da era Paleozoica (há mais de 400 milhões de anos).

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A maioria dos fósseis veio da América do Norte e da Europa, com alguns descobertos recentemente na China. Mas, um exame documentou novos fragmentos de um conjunto de fósseis na Austrália, incluindo parte da cabeça. Para Bicknell, tratam-se de dois tipos de euriptéridos: Pterygotus e Jaekelopterus (o maior escorpião marinho que se tem registro).

Os pesquisadores analisaram as formações rochosas onde encontraram os fósseis. A analise mostrou que eles habitavam mares rasos e deltas ao redor das margens dos continentes. Além disso, fezes contendo fragmentos de trilobitas sugerem que eles poderiam se alimentar de presas crocantes.

Tamanho dos escorpiões marinhos pode ter facilitado a migração pelo oceano

Ilustração de um escorpião marinho gigante. Imagem: Chirinos/Science Source/Reprodução

Predadores do topo da cadeia alimentar, os escorpiões marinhos podiam crescer mais de 2,7 metros de comprimento – diferente dos pequenos escorpiões modernos. Anteriormente chamados de euriptéridos, esses artrópodes tinham muitas formas e tamanhos, incluindo enormes garras, exoesqueleto robusto e um conjunto forte de pernas para nadar.

A teoria do pesquisador é de que eles funcionavam “como tubarões”, capazes de atravessar oceanos. Assim, eles podem ter migrado para o antigo supercontinente Gondwana, onde não eram encontrados antes. Na época, uma jornada entre Gondwana e o supercontinente Euramérica poderia ser de até milhares de quilômetros.

Pesquisadores querem solucionar mistério da extinção dos escorpiões gigantes

Futuramente, Bicknell espera descobrir como funcionava a migração do escorpião marinho gigante – e como o gigantismo poderia ajudar nessa missão.

Apesar de provavelmente dominarem os mares no passado, eles se extinguiram abruptamente depois do final do período Devoniano, há cerca de 393 milhões de anos. Entretanto, como artrópodes gigantes não são vistos desde os escorpiões marinhos, estudá-los pode ajudar a encontrar novos fósseis. E quem sabe solucionar o mistério por trás de seu desaparecimento repentino.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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