A Telefónica, controladora da operadora Vivo no Brasil, começará a pré-instalar a Epic Games Store em novos smartphones Android que vende em suas lojas oficiais. O acordo, firmado entre a dona do “Fornite” e a operadora de telefonia, representa uma ameaça à hegemonia do Google no segmento mobile.
Atualmente, a companhia ibérica atua no Reino Unido, Espanha, Alemanha e América Latina, mas ainda não detalhou se a loja virá pré-instalada nos dispositivos comercializados no mercado brasileiro. Inicialmente, a novidade acontecerá apenas nos países de língua espanhola da região.
No final do ano passado, a batalha judicial entre Epic Games e Google terminou com parecer unânime do júri. Com isso, a gigante das buscas foi considerada culpada de promover um monopólio ilegal com a plataforma Play Store e seu processador de pagamentos nativo.
A ação foi protocolada em 2020 e, na época, a desenvolvedora norte-americana acusou a rival de aplicar sanções e subornar fabricantes de aparelhos móveis (e até mesmo operadoras de telefonia) para garantir que a lojas alternativas não seriam pré-instalada nos smartphones Android.
Desde 1º de novembro, o Google está proibido de realizar quaisquer acordos que envolvam pagamentos ou quaisquer tipos de vantagens comerciais para bloquear a presença de lojas alternativas em celulares Android. Além disso, a empresa está impedida de realizar tais parcerias até novembro de 2027.
Medida também envolve celulares da Samsung
A Telefónica já tem um relacionamento de longa data com a empresa de games. Em 2020, a companhia de telecom passou a permitir que clientes da operadora Movistar (também pertencente ao Grupo Telefónica) adicionassem as compras realizadas dentro do game “Fortnite“, um dos títulos mais populares da Epic Games Store, em suas faturas telefônicas. Além disso, o acordo estabelecia ganhos de 5% do valor total das transações.
Um dos pontos mais controversos deste novo acordo é que a loja virá pré-instalada também em aparelhos da Samsung. A Epic Games também processou a sul-coreana em setembro deste ano. Aliás, a acusação é de que a gigante sul-coreana tem “conspirado” com o Google para manter lojas alternativas longe dos dispositivos da marca.
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