Estudo sugere produção de robôs com IA para combater solidão humana
A epidemia da solidão, considerada uma crise de saúde pública nos Estados Unidos desde maio deste ano, pode encontrar uma saída através da combinação entre robôs sociais e inteligência artificial.
De acordo com um estudo de pesquisadores da Austrália e dos EUA publicado na revista científica Science Robotics na quarta-feira (12),há chances de que robôs com IA possam aliviar as consequências da solidão.
Uma das evidências recentes disso é o número de interações do robô social ElliQ, criado para ser companhia para adultos. 40% das 300 mil interações em 2022 foram simples atos de companhia, como tomar chá.
O estudo comenta que tanto os robôs humanoides ou similares a animais já ajudaram a diminuir a solidão, sobretudo em idosos. Além disso, os robôs, conforme o estudo, também ajudam os idosos a se manterem saudáveis e ativos em suas casas em vez de se mudarem para asilos.
Desse modo, implementar técnicas de IA cognitiva nos robôs, podem projetar empatia e aumentar a motivação. Por exemplo, utilizando a IA, os robôs podem iniciar conversas, relembrar fatos de outros diálogos e, principalmente, incorporar técnicas psicológicas de motivação para mudança de comportamento e aceitação para tratamento de doenças crônicas.
A pesquisa também cita os principais modelos de linguagem IA, como o ChatGPT, que podem possibilitar diálogos mais espontâneos, apesar das limitações dessas linguagens em memorizar e distinguir fatos importantes.
Portanto, combinar técnicas de IA cognitiva e generativa podem dar “cérebros” aos robôs, elevando a capacidade de companheirismo para combater a solidão.
Por outro lado, o uso da AI em robôs no combate à solidão não é livre de polêmicas, pois existem preocupações relacionadas a fraudes, infantilização, redução do contato humano, risco potencial, privacidade e responsabilidade.
Além disso, há um certo receio com a IA em relação a vieses, informações imprecisas e a tendência de chatbots generativos em inventar conteúdos.