EUA registram aumento de infecções por fungo resistente a medicamentos
Pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA identificaram um aumento das infecções pelo fungo Candida auris no país. O patógeno afetou 53 pessoas em 2016, com o número aumentando para 1.471 em 2021.
A inflação dos casos preocupa cientistas, que apontam para uma maior resistência a medicamentos antifúngicos. Uma análise completa foi publicada na revista Annals of Internal Medicine.
Vale conhecer o Candida auris. Esse fungo é conhecido por infectar pessoas em ambientes de assistência médica — hospitais, centros de reabilitação e casas de repouso. Pacientes com cateteres, tubos de respiração ou alimentação, entre outros, são os mais propensos e contrair a infecção.
Entretanto, o fungo pode ser transmitido através do contato direto com pessoas ou objetos já contaminados. Algumas infecções na corrente sanguínea decorrentes do vírus podem ser letais.
Durante testes com voluntários de alto risco de infecção, os pesquisadores encontraram 4 mil pessoas que carregavam o fungo em 2021, mas não haviam desenvolvido a doença. Esses, no entanto, ainda podiam transmitir o patógeno.
Algumas pessoas eliminam o vírus naturalmente, enquanto outras veem a infecção se desenvolver para quadros graves. Agora, os cientistas americanos perceberam que o patógeno está se tornando resistente às chamadas equinocandinas, drogas usadas para combater a C. auris.
Mais do que isso, a equipe observou que os fungos resistentes estão sendo transmitidos para outras pessoas, mesmo aquelas que não se trataram com o medicamento anteriormente. O aumento das mudanças climáticas, que tem permitido a adaptação dos patógenos ao corpo humano, e a maior resistência à remédios pode representar um risco para a saúde da população.