Nuvem, nuvem e mais nuvem: as expectativas para a conferência Microsoft Build 2019

Em evento anual para desenvolvedores, chamada de Build, a Microsoft deve fazer vários anúncios relacionados aos seus serviços na nuvem.
Logotipo do Windows sobre a nuvem
Alex Cranz/Gizmodo

Nesta segunda-feira (6), enquanto muitos tentam dissecar o último episódio de Game of Thrones, milhares de desenvolvedores estarão reunidos em Seattle para falar de coisas relacionadas à Microsoft, durante a conferência anual Build. Onde antes especulávamos sobre laptops legais ou um sofisticado headset de realidade mista, este ano as coisas devem estar mais concentradas em tecnologias mais esotéricas.

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A empresa mudou rapidamente nos últimos anos, investindo mais em mais na plataforma de nuvem, o Azure, que é um concorrente do AWS, da Amazon. A Microsoft sempre foi uma empresa de software e, embora um monte de gente ainda use o Windows diariamente, a companhia apostou seu futuro em uma plataforma de nuvem que a maioria das pessoas não reconheceria pelo nome. Assim como no AWS, a maior parte da mágica do Azure está nos bastidores. Você e eu não interagimos com esses serviços na nuvem, mas interagimos com aplicativos que os acessam.

É por isso que a Build pode ser meio chata para as pessoas comuns. Sabemos que é uma conferência para desenvolvedores, e não o local para lançamentos de produtos. No entanto, como já vimos com o Google e com a Apple, as atualizações mostradas em uma conferência de desenvolvedores refletem muitas vezes a visão de uma empresa para a experiência futura dos usuários.

Todos os anos tentamos ser otimistas. Talvez este ano será o do renascimento do Windows Phone, ou o Andromeda de tela dupla, ou talvez haja um anúncio sobre o HoloLens e indícios de seu futuro como um produto de consumo realista. Porém, em vez de hardware legal, esta empresa concentrada da nuvem nos dá demonstrações de tecnologias estranhas e de um Shell Bash chegando ao Windows 10.

Ter esperanças em algum hardware fantástico é uma tarefa tola. Existe alguma coisa que a Build possa oferecer que seria interessante para o nerd convencional?

Sim! A companhia tem trabalhando em uma nova versão do Edge baseado no Blink, um motor de navegação feita pelo Google que também é usado no Chrome. É algo completamente diferente da versão anterior do EdgeHTML, que veio antes, e deve ser mais fácil para os desenvolvedores criarem extensões, além de serem mais capazes de lidar com a grande variedade de códigos transmitidos em navegador web hoje em dia.

Este discurso provavelmente entedia muito você. Motores de navegação? É com isso que devo ficar animado?

Sim? O Edge é o navegador mais bonito disponível já há algum tempo. É muito mais bonito que o Safari, o Chrome e infinitamente mais bonito que o Firefox. Agora, além de ser elegante e com boa aparência, deve ser mais rápido e funcionar com todas as grandes extensões do Google Chrome já disponíveis. A maioria dos sites do mundo é desenvolvida com Blink em mente, e a mudança para o Edge significa que o Edge finalmente funcionará tão bem quanto deveria.

Devo admitir que até agora estou tentando te animar sobre uma mudança de motor de navegação (foi liberado para teste público no mês passado, então deverá ser lançado em algum momento desta semana). Na verdade, se falarmos o quanto a Build vai ser animada nesta segunda-feira, não tem muita coisa a se dizer.

Mas considere isso: a Microsoft acaba de anunciar uma nova edição para desenvolvedores do HoloLens 2 na semana passada para aqueles que não estavam dispostos a comprar a versão corporativa, que é mais cara. Ele possui o mesmo hardware, mas nenhum direito de uso comerciais e plugins destinados a pequenos desenvolvedores independentes. Por que o anúncio chegou dias antes? A Microsoft geralmente anuncia algum tipo de hardware na própria conferência. Se já chegou e saiu de HoloLens 2, então o que poderia ser mostrado na Build? Poderia ser um novo Surface? Talvez! Mas parte de mim reza que veremos algo sobre o futuro do Windows em tela dupla, que a Microsoft está mostrando há um tempo, mas nunca entregou direito esta experiência.

Primeiro, houve o Courier e depois Andromeda, e no final do ano passado, teve o Centaurus. Todos são dispositivos de tela dupla ou de tela dobrável da Microsoft que operam no espaço nebuloso entre telefone e o tablet. A hora é certa para isso, pois temos o Galaxy Fold e o Mate X entrando em cena neste ano.

É um espaço que os competidores da Microsoft tanto em software (Android) como hardware (Lenovo e Asus) começaram a flertar, e só fará sentido se a Microsoft nos surpreender com um vislumbre de futuro.

Mas eu provavelmente não teria minhas esperanças muito altas. Nos últimos anos, a Microsoft tem sido dolorosamente prática na Build. Então, provavelmente ouviremos muito falar de APIs na nuvem e talvez um navegador baseado em Blink.

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