Facebook remove perfis chineses que postavam conteúdos eleitorais nos EUA

A plataforma desmontou duas redes de perfis que propagavam conteúdo duvidoso e, juntas, tinham mais de 400 mil seguidores.
Facebook desmonta perfis chineses. Crédito: Unsplash
Crédito: Unsplash

As eleições nos Estados Unidos marcadas para este ano prometem um verdadeiro desafio às empresas de redes sociais. O Facebook, por exemplo, sabe bem que sua plataforma enfrenta um sério problema envolvendo desinformação. Prova disso é que a companhia afirmou na última terça-feira (22) ter removido 181 contas, grupos e páginas que publicaram conteúdo duvidoso sobre eventos atuais, incluindo a eleição presidencial dos EUA.

Segundo o Facebook, os perfis têm origem na China. Das quase 200 remoções, 155 foram de perfis, 11 são de páginas e as outras nove correspondem a grupos. Outras seis contas estavam no Instagram, que é de propriedade do Facebook, e todas estavam vinculadas a dispositivos chineses.

Todos esses perfis participavam de uma mesma rede de páginas que acumularam 133 mil seguidores, e 61 mil pessoas participavam de um ou mais grupos. Cerca de 150 contas seguiam uma ou mais dessas contas no Instagram. A remoção das contas aconteceu em agosto de 2019 e, de acordo com a plataforma, elas tinham ligação com o governo chinês.

A rede de contas se concentrava principalmente nas Filipinas e no Sudeste Asiático e, embora os perfis fizessem postagens em filipino e chinês, os usuários também postavam conteúdo sobre os EUA. Isso incluía postagens sobre Joe Biden e Donald Trump, tanto em apoio quanto contra os candidatos à presidência do País, além do ex-candidato Pete Buttigieg.

Em uma segunda rodada, a companhia também removeu 57 perfis e 31 páginas do Facebook, que somadas totalizavam 276 mil seguidores, e mais 20 contas do Instagram vinculadas a militares e à polícia filipina, com aproximadamente 5.500 seguidores. Nessa segunda rede, havia posts sobre o interesse de Pequim no Mar da China Meridional e em Hong Kong, e mensagens de apoio ao presidente filipino Rodrigo Duterte.

Nathaniel Gleicher, supervisor das políticas de segurança do Facebook, afirma que esta é a primeira vez que a rede social tira do ar postagens sobre a política dos Estados Unidos com origem na China. “Temos obtido progresso para erradicar tal abuso, mas, como já dissemos, é um esforço contínuo. Temos o compromisso de melhorar continuamente para estarmos sempre à frente”, disse.

[Facebook via CNET, Engadget]

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