Famosa imagem da “evolução humana” erra sobre teoria de Darwin
A “Marcha do Progresso”, icônica imagem que representa a evolução humana, está completamente errada sobre o processo da teoria criada por Darwin.
A imagem foi publicada em 1965, pelo artista Ralph Zallinger, especialmente para o livro do antropólogo Francis Clark Howell. Embora a intenção de Howell não fosse afirmar que o ser humano evolui a partir do macaco, a “Marcha do Progresso” foi amplamente interpretada de maneira errada.
É por isso que a maioria dos cientistas, atualmente, rejeitam a imagem, pois ela apresenta a evolução como algo linear e progressivo. A “Marcha do Progresso” ignora, portanto, o fenômeno da evolução pela seleção natural e a adaptação contínua de organismos aos seus respectivos ambientes.
Gowan Dawson, professor de Literatura Vitoriana e Cultura da Universidade de Leicester, na Inglaterra, afirma que a história por trás da famosa imagem também é um dos motivos pelos erros de interpretação.
“Do macaco ao homem”
Em seu livro “Monkey to Man”, Dawson afirma que a imagem que conhecemos atualmente se inspirou em uma ilustração publicada em 1863, em um livro dos principais apoiadores de Darwin.
A imagem mostra uma série de esqueletos de primatas até chegar ao humano, sugerindo o elo entre os humanos e os macacos. Essa imagem obteve um certo sucesso na Inglaterra, sendo usada em aulas que ensinavam sobre a teoria da evolução e inspirando a imagem de 1965.
A “Marcha do Progresso”, diferentemente do protótipo de 1863, mostrava os primatas e os ancestrais dos humanos de uma maneira mais artística, sem apresentar esqueletos. Além disso, segundo Gowan, essa imagem sugere ainda mais que o homem veio do macaco.
A imagem também mostra um grande salto evolutivo entre as espécies, contrariando a teoria da evolução. Segundo Darwin, não existem tais saltos, mas, sim, mutações graduais, que ocorrem durante muitas gerações.